A costura, ou, o que está acontecendo agora
Dizem que, enquanto você lê esta edição extraordinária da coluna Bastidores, uma batalha estratégica está sendo travada, a qual seguirá noite adentro. Uma batalha promovida por obra e graça da política – esse ente que nos separa da barbárie e nos torna civilizados. Duas fontes do alto escalão hartunguiano garantem para esta coluna que a costura em torno da volta do governador à condição de candidato à reeleição abrange não só MDB, PSD, PRB, PMN, PEN e PTB, mas também o PR, o DEM e o PSDB (os dois últimos foram a público ainda hoje declarar apoio a Casagrande por intermédio de Theodorico Ferraço e o filho, o senador Ricardo Ferraço). Segundo nossas fontes, são o vice-governador César Colnago e o ex-secretário-chefe da Casa Civil José Carlos da Fonseca Júnior que estão conduzindo o traçado do fio que une a “colcha de retalhos” da base aliada de Hartung. E a colcha já tem a estampa definida. O desenho nela é Paulo Hartung governador, Amaro Neto vice, Ricardo Ferraço e Magno Malta senadores. A única parte do tecido que resiste bravamente às tentativas da agulha em fisgar o pano com a linha seria o deputado estadual Amaro Neto (PRB), que desde manhã cedo se mostra de difícil convencimento. Ricardo Ferraço não teria escolha, posto não possuir autonomia decisória dentro do PSDB, que é “totalmente controlado”, segundo uma das fontes, por César Colnago. Magno Malta viria por “gravidade”. E segue a costura.