Propaganda na ALES
Nesta sexta (21), faz 20 dias que o Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE) – órgão nacional que reúne diversas entidades do Poder Público e da Sociedade Civil Organizada – denunciou no aplicativo Pardal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma denúncia de irregularidade praticada na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES). É que, mesmo tendo sido baixado pela Mesa Diretora um Ato Oficial vedando determinadas condutas por parte do funcionalismo público no período de campanha (entre elas a divulgação de propaganda eleitoral nas dependências do Poder Legislativo), a determinação vem sendo sistematicamente descumprida.
Propaganda na ALES II
Apesar da proibição, nos dois estacionamentos da ALES o que mais se vê são carros de servidores portando adesivos de candidatos. Inclusive do presidente da ALES, Erick Musso (PRB). Representante do MCCE no ES, o auditor fiscal Marcos Fardin, se diz perplexo com a falta de resolutividade por parte da Justiça Eleitoral. Há 20 dias da protocolização da denúncia, o sentimento é de impunidade. “Será que o MPF e o TRE dormiram?”, questiona.
Liberou geral?
A julgar pelos últimos acontecimentos, a impressão é a de que não há muita preocupação com o risco de punição. Vila Velha que o diga. Depois que a página oficial da Prefeitura no facebook divulgou postagem da campanha do vice-prefeito Jorge Carreta (AVANTE), o próprio prefeito Max Filho (PSDB) se permitiu estar ao lado do candidato a deputado estadual Edson Caldas, dentro da prefeitura, em um vídeo em que abusa do gerúndio e diz que o correligionário, “estando” na Assembleia vai estar “somando”.
MPF e TRE
Acionado pela coluna, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado informou, por meio da assessoria de comunicação, que a denúncia foi remetida ao Ministério Público Eleitoral – órgão do MPF/ES – e que até o momento não houve manifestação por parte do MPE sobre o caso. No site do MPE, consta que a denúncia entrou em análise 10 dias depois de formalizada no Pardal, e permanece em análise até hoje. Faltam 15 dias para a eleição.
Pedindo voto em braille
O candidato a deputado federal Neucimar Fraga (PSD) teve uma sacada interessante e lançou material impresso de campanha em braille. Mostrou estar alinhado à demanda por inclusão e acenou a um público que passa despercebido pela classe política. Enquanto já se internalizou a importância de falar aos surdos, os eleitores cegos literalmente não foram enxergados ainda pelos candidatos. Na região Sudeste, eles representam cerca de 3% do eleitorado.
Deselegância empresarial
Foi deselegante e também antidemocrática a postura da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) de não dar espaço para a exposição de ideias e propostas de todos os candidatos ao Governo do Estado e ao Senado. Apenas os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto foram chamados. As sabatinas realizadas na FINDES só tiveram então Renato Casagrande (PSB) e Rose de Freitas (PODE) para o Governo, e Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB) para o Senado.
Deselegância empresarial II
Resta lamentar a postura, ainda mais no momento em que, ao menos para o Senado, se verifica uma possibilidade de que um terceiro nome possa conquistar uma das duas vagas em questão. É como se a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) permitisse apenas que Bolsonaro e Haddad participassem de um debate à presidência no órgão. Ficou feio.
NOVO reclama
Surpreendentemente, foi o candidato do partido mais alinhado com os ideais do liberalismo econômico quem reclamou à coluna do tratamento recebido: Ulisses Pincelli, o candidato a senador pelo NOVO. “Minha carreira profissional é ligada à indústria,já fui até associado da FINDES, é uma pena que a sociedade de um modo geral insista nas mesmas pessoas e nos mesmos partidos”, lamentou.
Banestes
Nesta semana, a classe empresarial capixaba divulgou na mídia posição oficial da FINDES em relação à privatização do Banestes, manifestando-se favorável à venda do banco à iniciativa privada. Nenhum dos postulantes ao Palácio Anchieta defende a ideia (ao menos publicamente).
Professor Nota 10 é denunciado
Agora é oficial. O Ministério Público do Espírito Santo denunciou à Justiça o professor Wemerson da Silva Nogueira, o “professor nota 10”, por uso de diplomas falsos. Após receber um prêmio da ONU, Wemerson se destacou dando palestras mundo afora, e é candidato a deputado federal pela REDE.
Análise eleitoral
A rapidez com que o processo eleitoral mudou, com a introdução da internet e as novas regras eleitorais, gerou uma demanda por informação de qualidade que deixa o mercado de marketing político atento. O professor e escritor Darlan Campos, da República Marketing Político, pega carona nessa necessidade e vai realizar nesta sexta (21), às 17h, uma live na página da empresa dele no facebook e no instagram, com a participação do consultor Lucas Margotto.