Eleição chega à reta final

Reta final para as eleições

Em clima de já ganhou no Espírito Santo, chegamos a última semana antes das eleições 2018, com votação no próximo domingo. Sem uma estratégia bem definida – aliás, sem estratégia alguma -, Rose de Freitas (PODE) naufragou na tentativa de se tornar competitiva e bancar a polarização que se esperava entre ela e Renato Casagrande (PSB). O socialista reina absoluto nas pesquisas de intenção de voto, batendo perto dos 60% e deixando claro que a fatura será liquidada mesmo no 1º turno. A não ser que ocorra um episódio político de gravidade igual ou superior ao terremoto com tsunami que devastou a Indonésia neste final de semana.

Não emplacaram

Além de Rose, que fez um discurso que acabou referendando a importância dela continuar no Senado, Carlos Manato (PSL) também não conseguiu surfar na onda do candidato dele à presidência da república, Jair Bolsonaro, e tudo o que disputa no momento é o 2º lugar no pleito contra Rose. Aridelmo Teixeira (PTB), o neófito que se mostra como o “novo” e a “mudança” na política, tampouco empolgou. Faltou estatura à candidatura, que, pelas agendas divulgadas, se apresentou muito pouco ao eleitorado, em especial nos municípios do interior.

Não emplacaram II

Ademais, o PT, com Jackeline Rocha – uma novata que se mostrou sem cancha para fazer o debate – e um plano de governo carente de melhor substrato, aliado ao antipetismo e à própria dificuldade de defender a sigla ante às revelações da Lava-Jato, ficou pelo caminho e vai inclusive dando mostras de que terá uma votação percentualmente menor do que a de Roberto Carlos 4 anos atrás (quando a candidatura dele nem foi considerada “pra valer” por muita gente).

Na inércia do purismo

André Moreira (PSOL) padeceu novamente da falta de um discurso para fora, que captasse algo além da militância do partido, e da falta de coligações (apenas o PCB é aliado da chapa). Com isso, o PSOL segue “adesivado” nos mesmos percentuais históricos de votação que vem recebendo eleição após eleição. Corre o risco até de não eleger sequer um deputado estadual, apesar da expectativa de que Camila Valadão mais uma vez seja bem votada, como já ocorrera para a Câmara de Vitória. É a esfinge do PSOL: continuar “puro” e conseguir eleger alguém sem se “contaminar”.

Nacional é pra valer

Bem diferente do ES, a campanha para presidente da república segue acirrada. Dados da Agência Congresso mostram que Bolsonaro lidera em 18 estados, e Haddad em oito. E Ciro ainda corre por fora, com Alckmin agora no seu calcanhar. Nesta reta final, os candidatos devem se concentrar nos estados com maior número de eleitores. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Pernambuco e Ceará concentram, juntos, 70% do eleitorado nacional.

Enquanto isso, no Palácio Anchieta

Parecendo distante do desenrolar da campanha – ao menos na disputa para o cargo que ele ora exerce -, o governador Paulo Hartung (MDB) segue uma agenda intensa na Grande Vitória e no interior. Nos últimos dias, rodou por vários municípios de norte a sul e nesta segunda-feira tem agendas em Vitória. De manhã, assinou contrato para a construção da barragem dos Imigrantes no rio Jucu, e à tarde participa da abertura oficial do Outubro Rosa no ES, ambas as cerimônias no Palácio Anchieta.

Por falar em Outubro Rosa

A preocupação este ano é com a redução no número de exames preventivos. A estimativa da secretaria estadual de Saúde é a de que mais de 1.100 novos casos surjam em 2018. Apesar da recomendação no Brasil ser de ofertar a mamografia de dois em dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos de idade, os especialistas alertam que o ideal é fazer o exame já a partir dos 40 anos, porque 20% das mulheres com câncer de mama têm entre 40 e 50 anos. E o diagnóstico precoce garante a possibilidade de obter 90% de chances de cura.

Otimismo?

A SAMARCO segue em maus lençóis em função de uma série de determinações que ainda tem que cumprir na reparação dos danos do acidente com a barragem de Mariana (MG), e também porque ainda há muitas dúvidas quanto a real situação de segurança das operações. Mesmo assim, deu início a obras em Minas, visando uma futura reabertura da empresa no Espírito Santo – que ainda não tem data definida. Enquanto isso, segue o processo de formalização da estrutura administrativa e operacional que vai garantir a realização de todas as ações necessárias às comunidades atingidas. Um processo lento, burocrático e em elevado nível de tensão social.

PDM aprovado

A assessoria da Câmara de Vereadores de Vila Velha entra em contato com a coluna para informar que o relatório preliminar do PDM municipal foi aprovado em uma assembleia popular, realizada na última semana pela Comissão Especial de Revisão do Plano Diretor Municipal da Câmara. O órgão é formado pelos vereadores Rogério Cardoso (presidente), Heliosandro Mattos (relator), Arnaldinho Borgo, Osvaldo Maturano e Anadelso Pereira (membros).

PDM aprovado II

Agora contendo também as sugestões de lideranças comunitárias e entidades civis de Vila Velha, o novo texto do PDM deve entrar em pauta na sessão ordinária desta segunda-feira. O Plano Diretor é uma ferramenta que define a ocupação dos espaços na cidade, estabelecendo normas para o desenvolvimento urbano, e é uma exigência legal em todo o país.