Uma nova eleição começa

Sucessão na Assembleia já é discutida

A atualidade trouxe uma percepção de que o conta giros do tempo está mais veloz do que antes. Uma hora de antigamente, por exemplo, deve ter no máximo 40 minutos hoje em dia. Estamos sempre numa espiral frenética, fazendo mil coisas e com os sentidos aguçados na busca de antecipar o que virá. Na política, é possível dizer que essa percepção de tempo/espaço é ainda mais rápida. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, nem bem acabaram as eleições e os deputados já estão às voltas para definir quem será o próximo presidente da Casa de Leis.

Sucessão na Assembleia já é discutida II

E a antecipação do tema não se dá apenas dentro da Assembleia. O PSDB, por exemplo, já realizou uma reunião com a nova bancada para decidir qual será a postura dos tucanos nessa “corrida”. Na última quarta-feira, o deputado reeleito Marcos Mansur e os eleitos Emílio Mameri e Vandinho Leite ouviram do presidente da sigla no ES, César Colnago, dizer que é importante participar ativamente do debate, inclusive com a possibilidade de lançar um nome à presidência.

Plataforma tucana

Colnago, que presidiu a ALES entre 2005 e 2006, defende que a bandeira do PSDB nessa empreitada deve ser a redução de gastos e o combate aos privilégios. A plataforma de campanha já está posta, agora só falta o trio tucano definir um nome (alguém arrisca algum palpite?).

Novo líder

Também na quarta, o deputado Marcelo Santos (PDT) foi escolhido novo líder de governo na Assembleia, em substituição a Jamir Malini (PP). Faltando dois meses para o fim da atual legislatura, soa como uma forma de valorizar o nome do parlamentar na disputa pela presidência da Mesa Diretora do ano que vem, já que Marcelo foi reeleito. A função dele, no curto período em que ocupará o cargo, será a de conduzir a relação com a equipe de transição do futuro governo. Ganha assim vários pontos no “game” da sucessão da Mesa.

Caciques

Nessa lista de possíveis candidatos, há ainda os nomes dos decanos Enivaldo dos Anjos (PSD) e Theodorico Ferraço (DEM), cujas largas experiências na vida pública os transformam naturalmente em nomes fortes para a disputa. Enivaldo já foi conselheiro de contas (abriu mão do cargo para voltar à política eletiva), e Ferração era o presidente da ALES antes de Erick Musso (PRB). São caciques de peso que certamente estarão envolvidos diretamente no processo.

Reeleição

Sem contar o próprio Erick Musso, que pode tentar a reeleição. A juventude dele é inversamente proporcional à sagacidade, e o deputado de Aracruz parece vacinado quanto ao risco de se movimentar muito antes do tempo. Discreto, afirma estar focado em concluir bem o mandato atual. Para se cacifar novamente ao cargo, tem o trunfo de um grupo sólido, formado por vários deputados reeleitos. Será que consegue ainda se mostrar confiável ao futuro governador? Será que haverá grupos distintos brigando pela Mesa Diretora, incluindo aí hartunguistas, casagrandistas e independentes? Por enquanto, só suposições nesse sentido.

Outros nomes

O mercado político ventila ainda os nomes de Janete de Sá (PMN), outra que se baseia na experiência, além do fato de ser mulher e do bom relacionamento que parece manter “com todos os lados”. Sergio Majeski (PSB) é outro que já disse “ser possível querer”, mas deve enfrentar alguma resistência em função de não ter muitos créditos no quesito “espírito corporativo”. Dois novatos também figuram nessa lista de “candidatáveis”: Renzo Vasconcellos (PP), que foi o segundo mais votado, e Capitão Assumpção (PSL). Os dados foram jogados, na urgência do tempo que passa cada vez mais veloz rumo ao futuro próximo, sempre em frente.

Violência eleitoral na mira

A coluna passada antecipou o debate sobre a violência praticada por motivos políticos. O Brasil se vê na urgência de enfrentar o problema, que nos encaminha a passos largos da civilização à barbárie. O Ministério Público Federal parece ter assumido o protagonismo e criou um canal de comunicação para receber denúncias.

Violência eleitoral na mira II

A procuradora Regional dos Direitos do Cidadão no ES, Elisandra de Oliveira Olímpio, elenca para a coluna as tipificações em que a violência por motivação política se enquadra: crime de racismo (Lei  7.716/89), crimes de incitação ou apologia ao crime (artigos 286 e 287 do Código Penal), crime de injúria em decorrência de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de ser a pessoa idosa ou deficiente (artigo 140, § 3º do Código Penal), Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13), Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15).

Violência eleitoral na mira III

A procuradora orienta para que, além da representação ao MPF, as vítimas também façam um Boletim de Ocorrência, e exame de corpo de delito, quando for necessário. A orientação é para juntar o maior número de provas, como fotos, vídeos, áudios, inclusive com a indicação de testemunhas, quando houver. As denúncias à Procuradoria podem ser feitas pelo site https://www.mpf.mp.br/para-o-cidadao/sac ou pessoalmente, na sede do MPF/ES. A Defensoria Pública da União também está recebendo denúncias, por meio do e-mail [email protected].

 

Conselhos Municipais

A Câmara de Vereadores de Nova Venécia quer mais transparência no trabalho realizado pelos Conselhos Municipais. Lei de autoria do presidente do legislativo, Antonio Emílio (PPS), exige que a prefeitura dê publicidade ampla a informações ia respeito da composição, horário, data e local de reuniões dos Conselhos. A ideia também é replicar as informações sobre os Conselhos Municipais, divulgadas no site da prefeitura, para o portal da Câmara de Nova Venécia. O projeto agora vai para a sanção do prefeito Mário Sérgio Lubiana.