Depois de três anos, a CPI da Sonegação de Tributos apresentou o relatório final e um balanço que rendeu R$ 1 bilhão para os cofres estaduais. A comissão foi criada para combater irregularidades no pagamento de impostos, principalmente pela empresas petroleiras no Estado, e forçou grandes empresas a procurarem o Governo para renegociaram seus débitos.
Um prato que se come frio
Presidente da CPI, o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) salientou: “Nós abrimos a caixa preta da Operação Derrama, uma campanha desmoralizadora empreendida contra dirigentes públicos municipais, que ousaram desafiar as poderosas petroleiras que atuam em território capixaba, cobrando-lhes o devido Imposto sobre Serviços. Esses dirigentes foram vítimas de uma campanha difamatória patrocinada, às escondidas, pelas grandes petroleiras”, relembrando as motivações iniciais da Comissão.
Para recordar
Deflagrada em 2013, a Operação Derrama, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) prendeu sete ex-prefeitos, entre eles o ex-prefeito de Linhares, Guerino Luiz Zanon; o ex-prefeito de Guarapari, Edson Figueiredo Magalhães. Magalhães e Zanon foram soltos pouco tempo depois e eleitos deputados estaduais, na mesma legislatura que a CPI foi criada.
Para 2019…
Enivaldo dos Anjos já solicitou a instalação da CPI dos Granitos, que poderá ser criada no início da próxima legislatura, para investigar procedimentos adotados por órgãos de controle, sejam federais ou estaduais. Na avaliação dos pedidos feitos pelas empresas, que detêm o melhor saldo na balança de comércio exterior do Estado: para cada dólar de exportação o segmento tem apenas 1 dólar de importação, de acordo com lideranças do setor.