Guerra de narrativas

Casagrande em nível nacional
O governador Renato Casagrande (PSB) também usa a grande mídia para divulgar as ações – pretéritas e atuais – dele a frente do Governo do ES. Na “guerra de narrativas” travada com o ex-governador Paulo Hartung (sem partido), espaço nos “jornalões” de alcance nacional tem sido importante para defender o legado e a imagem de cada um.

Inspeção parlamentar
Enquanto o governador “vende o peixe” do trabalho – de antes e de agora – na segurança pública, a comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Danilo Bahiense (PSL), anuncia medidas como inspeção em penitenciárias capixabas (na companhia do Crea) e desarquivamento do projeto de lei que autoriza porte de arma aos agentes socioeducadores – que lidam com adolescentes infratores.

Outras pautas
Há outras agendas na comissão, como “convidar” o secretário estadual de Justiça, Luiz Carlos Cruz, para prestar esclarecimentos sobre a superlotação carcerária, e “dialogar” com o Governo do Estado sobre o plano de carreira da PM, entre outras.

Agenda
Seguindo a estratégia de manter contato frequente com lideranças políticas e empresariais, o governador Renato Casagrande estará na noite desta quinta-feira em Colatina, onde prestigia a posse da nova diretoria da Associação Empresarial de Desenvolvimento (Assedic).

TAC em Aracruz
Teve pouca repercussão na mídia local a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que traz ao menos esperança para as comunidades indígenas de Aracruz. O TAC foi homologado no dia 20 de fevereiro, entre o Ministério Público Federal (MPF/ES), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). E beneficia os povos Tupiniquim e Guarani das comunidades de Comboios, Caieiras Velhas II e Guarani.

Autonomia decisória
Considerados os mais impactados no Brasil – ao todo, são 39 empreendimentos dentro e no entorno dos territórios indígenas citados -, os indígenas agora têm direito a decidir por si próprios como utilizar os recursos que são pagos pelas empresas a título de compensação pelos impactos causados na cultura e no comportamento das tribos.

Próximo passo
Após as comunidades definirem as prioridades, por meio do Conselho de Caciques, a Funai deve discriminar as ações e os valores que serão empregados. O prazo para aplicação dos recursos é de um ano. Pode ser o início de uma nova relação entre o Poder Público, a Iniciativa Privada e os Indígenas de Aracruz. É esperar (e acompanhar) pra ver.

Ilustração da Coluna: reprodução internet.