O ninho sangra

Tucanos em chamas

Ainda o eco da eleição da vereadora Neuzinha de Oliveira para a presidência do diretório do PSDB de Vitória. Apesar da “lavada” nas urnas (475 votos, dos 482 possíveis), o pleito foi questionado na Justiça pelo outro candidato, Wesley Goggi, que alega fraude nas inscrições de filiados ao partido.

Tucanos em chamas II

Como quem tem a “chave” do acesso ao programa de filiação – que é linkado diretamente ao TSE – é a Executiva Estadual do PSDB, a acusação cai no colo do (até então) aliado de Goggi, ninguém menos que o presidente estadual da sigla, o ex-vice-governador César Colnago.

Calúnia

Em nota à coluna, o PSDB/ES afirma lamentar a postura de Goggi – referindo-se a ele apenas como “seu filiado” -, e qualifica a denúncia de calúnia, com “fatos inexistentes típicos de uma conduta que visa tão somente a difamação”. Diz também que ele “não está mais em sintonia com o partido” e “muito provavelmente está de saída do partido”.

Porta, serventia da casa

E alerta que, se Wesley não estiver de saída, “filiados que preferem difamar a imagem da sigla e de seus dirigentes não são bem vindos em nossas fileiras”. Pra bom entendedor…

FiliaWeb

A nota afirma que a eleição transcorreu “dentro da mais absoluta normalidade”, e que a denúncia do candidato derrotado atinge até a Justiça Eleitoral. O sistema utilizado para filiação foi o FiliaWeb, do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Talvez isso seja o incômodo desse cidadão. Saber que qualquer eleitor filiado constante do FiliaWeb da justiça eleitoral há mais de 30 dias poderia votar e ser votado”. E finaliza dizendo que “todas as providências legais e judiciais serão tomadas para que atitudes dessa natureza não fiquem impunes”.

Goggi

Também por meio de nota, Wesley Goggi informa que “o assunto já está sendo tratado na esfera judicial, exclusivamente”. E soa o gongo para o 2º round.

Vidigal na CPI do BNDES
O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT/ES) se tornou membro titular de uma nova CPI na Câmara. O objetivo é apurar irregularidades no BNDES. O foco da CPI serão atos praticados pelo órgão entre os anos de 2003 e 2015. Na reunião desta terça (2), foram definidos os roteiros de trabalho da comissão. Em 2015, uma CPI do BNDES foi aberta, mas terminou sem o indiciamento de ninguém.

Visibilidade

A sessão ordinária da última segunda na Assembleia Legislativa foi suspensa por um longo período, para a solenização da assinatura de um convênio de cooperação técnica entre a Ales e a Associação Brasileira de Engenheiros Civis do Espírito Santo(Abenc/ES). Um ato do, e para, o deputado estadual Marcelo Santos (PDT) – que preside a Comissão de Infraestrutura da Assembleia, a qual representa o Legislativo no convênio.

Entra que eu saio

Durante o ato, que contou com a presença do prefeito de Viana e presidente da Associação dos Municípios do ES (Amunes), Gilson Daniel (PODE), chamou atenção o comportamento do deputado Hudson Leal (PRP). Adversário declarado de Daniel, Leal simplesmente deixou o plenário tão logo o prefeito entrou, e só retornou após o final da solenidade de assinatura – quando o outro já tinha saído.

Foto da coluna: site Mantena On Line.