Casagrande (PSB) conseguiu costurar na Assembleia Legislativa, com o apoio do presidente da Casa, Erick Musso (Republicanos), uma base forte e consolidada. São poucos nomes que podem ser considerados oposição. E, dificilmente, esses nomes terão força ou mesmo irão se empenhar para emperrar projetos considerados importantes para o governo. O clima na Casa é favorável ao Palácio Anchieta.
Congresso
No Senado e na Câmara dos Deputados, apoio ou neutralidade formam maioria. Por isso, o destaque é pra quem vai de encontro a isso. É verdade que alguns nomes, como Soraya Manato (PSL), Marcos do Val (Podemos) e Neucimar Fraga (PSD) têm postura alinhada com o governo Bolsonaro. Ainda assim, esse alinhamento não se reflete em uma oposição consistente ao governo estadual.
Congresso II
Diferente de Evair de Melo (PP), um dos líderes do governo na Câmara. Geralmente ele exerce seu papel de defender a gestão Bolsonaro tecendo críticas ou mesmo questionando a gestão Casagrande. Nesse domingo, usou as redes sociais para perguntar onde foi usado o dinheiro – mais de R$ 16 bilhões, segundo ele – enviados pelo governo federal ao Estado em 2020. Enquanto deputado, poderia conseguir essa informação em dois tempos. Mas o objetivo vai muito além de cobrar transparência. Nesse caso, buscou sugerir a falta dela – ainda que sem se aprofundar no tema.
Manato
Também tem “político fora da política” usando as redes sociais para questionar quase tudo que vem do governo estadual. Carlos Manato era filiado ao PSL e desembarcou da legenda para ajudar na fundação do Aliança pelo Brasil, partido que está sendo criado por Bolsonaro. No caso de Manato a questão vai além de defender o Presidente e criticar quem não é alinhado às suas ideias: em 2018 ele perdeu as eleições para governador do Estado justamente pra quem? Fora que Casagrande pode ser uma pedra no sapato para possíveis pretensões políticas do empresário. Evair e Manato são oposição clara, nítida e sustentada ao governo estadual.
Pandemia
Do governador Renato Casagrande (PSB), sobre o avanço da Covid-19 no País. “O Brasil vive seu pior momento. Média de óbitos alta e crescente, e muitos estados com dificuldades de atender a todos com leitos de UTI. Sem vacina é preciso seguir com todos os protocolos indicados pela ciência. Negar a doença é irresponsabilidade que coloca vidas em risco”.
Destaque
Proposta para autorizar a compra de vacina por estados e municípios e análise da PEC Emergencial devem ser destaques no Senado. Na Câmara, o “destaque vai para o não destaque” da PEC das Prerrogativas. O texto merece um descanso após três dias de discussão sem consenso.