Já na segunda metade de seu governo, cada passo de Bolsonaro poderá ser medido com a régua da reeleição. Prova disso é a mudança radical de tom adotada nas últimas semanas em relação à vacina. Agora, o Presidente quer o crédito de ‘pai’ da imunização no Brasil. Nem parece mais o Bolsonaro que postergou até onde pôde a compra de imunizantes, que “alertou” os brasileiros sobre a possibilidade de virarem jacaré e que tripudiou da gravidade da pandemia. Já são mais de 320 mil mortes no Brasil. Para o Presidente, o peso desse número não retrata a maior tragédia humana da história do País. A avaliação em questão é o custo político: como as mortes podem atrapalhar seu projeto de reeleição em 2022?
Apoio
A mesma mudança na postura de quem o segue é clara. É o caso de um dos maiores aliados do Presidente aqui no Estado, o deputado federal Evair de Melo (PP). O deputado faz coro às críticas de Bolsonaro aos governadores, concentrando, claro, suas críticas à gestão Casagrande (PSB). Ele segue crítico ao governador capixaba, só está, agora, mesclando o disco com o novo assunto preferido do “chefe”: vacinação. As publicações nas redes sociais sobre as vacinas que chegam ao Espírito Santo são diárias, com direito a foto e tudo, e sempre enaltecendo os esforços – tardios, é sempre bom lembrar – do governo federal.
Constatação
De um leitor da coluna para os políticos que apostam na memória curta do eleitor: “um capítulo tão triste na história do Espírito Santo e do Brasil vão ecoar por muito tempo na lembrança de quem irá escolher os futuros governantes”. Tomara!
Orçamento 2021
Bolsonaro tem nas mãos uma batata quente pra sancionar, ou melhor solucionar. Com emendas parlamentares de sobra e dinheiro para despesas obrigatórias de menos, o Orçamento – pelo menos do jeito que está – dá margem para “pedalar” de Norte a Sul do Brasil.
Ales
A Assembleia Legislatva prrorrogou até o próximo dia 18 as medidas restritivas em função do avanço da Covid-19 no Espírito Santo. A decisão da Mesa foi publicada na edição desse sábado (3) do Diário do Poder Legislativo e leva em conta o novo Mapa de Risco anunciado na última sexta-feira (2) pelo governador Renato Casagrande (PSB).