O presidente nacional do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar, descartou qualquer possibilidade de retirar a candidatura ao governo do seu colega de plenário na Câmara Felipe Rigoni. Ele ainda confirmou que o correligionário tem total liberdade para fazer os acordos e coligações que achar melhor.
“Nosso candidato aí é o Felipe Rigoni. Ele é o nosso candidato e está autorizado a fazer as coligações que bem entender. Essa é a nossa posição no Espírito Santo”, disse Bivar ao ser questionado pela coluna “De Olho no Poder” com relação a possíveis composições que o União pode fazer no Estado.
O presidenciável refutou também a possibilidade da candidatura de Rigoni estar condicionada a números de pesquisa eleitoral. “Pesquisa é um problema do Rigoni. Ele é o nosso candidato e já está definido isso”, afirmou Bivar.
Questionado se as dobradinhas e alianças que tem feito em outros estados poderia influenciar nas decisões do Espírito Santo, Bivar afirmou: “Única coisa que eu posso te falar agora é isso: que ele é o nosso pré-candidato a governador”.
“100% garantida”
A conversa com o presidente e presidenciável do União Brasil, Luciano Bivar, veio após Rigoni garantir à coluna que não retira sua candidatura, contrariando burburinhos no mercado político sobre a possibilidade de abrir mão da disputa ao governo para apoiar outro candidato melhor avaliado nas pesquisas.
“No meu caso, é 100% garantida (a candidatura). Só não sou candidato se eu não quiser. Independente das pesquisas – eu acho que dá, as pesquisas mostram que é possível –, mas minha candidatura não é condicionada à performance de pesquisa e nem à chapa”, disse Rigoni à coluna.
Embora o prazo para registrar alianças inicie apenas no mês que vem, alguns pré-candidatos ao governo já têm anunciado as parcerias que têm fechado. Rigoni ainda não anunciou nenhuma. O deputado disse que tem mantido conversas com diversos partidos, mas que ainda não é tempo de bater o martelo. Entre as possibilidades de aliança, ele cita que é possível andar junto com o presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), que também é pré-candidato ao governo.
“Eu converso muito com o Erick. Acho que até por questão geracional, eu e o Erick somos os protagonistas do próximo ciclo. É possível uma junção, mesmo que seja no segundo turno, mas isso não está definido. Se vai juntar ou não, tem mais 30 dias pra decidir”, disse Rigoni. Uma vez que garante que não irá retirar sua candidatura, a fala de Rigoni dá sinais de que Erick poderia retirar a dele.
Nas conversas que têm com os partidos, Rigoni coloca na mesa o espaço da majoritária. Tanto o nome para o Senado quanto o de vice. Para o Senado, dois nomes estariam na mira do jovem deputado: o ex-secretário de Segurança Pública Coronel Ramalho (Podemos) e o pastor Nelson Júnior (Avante).
No fim do prazo para filiações, Rigoni tentou levar Ramalho para o União Brasil, mas a cúpula do governo entrou em ação e conseguiu manter Ramalho na base aliada. Mesmo assim, Rigoni disse que continua conversando com ele.
Já o partido do pastor Nelson Jr. tem se afastado do governo do Estado. O presidente estadual do Avante, Marcel Carone, disse que pediu exoneração do cargo que ocupava de assessor especial na Casa Civil, embora a exoneração, publicada no Diário Oficial, não tenha vindo com o “a pedido”.
“O Avante está solto para dialogar e buscar seu protagonismo numa composição majoritária com Nelson Junior pré-candidato a senador. O Avante tem compromisso de estar compondo com o grupo que tenha a melhor sinergia com o nosso projeto na disputa”, disse Marcel Carone à coluna.
“Eu converso bem com o Nelson Junior, gosto muito dele. Tem o Coronel Ramalho também, acho ele muito bom”, afirmou Rigoni, que disse também manter conversas com o PSDB, MDB e com o PP.
Vice experiente
Já com relação a um nome para compor em sua chapa como vice, Rigoni disse que quer alguém experiente na política. Embora ainda não tenha nomes, o perfil ideal já foi traçado pelo deputado. “Precisa ser alguém que conheça as entranhas da política, alguém que esteja na política há mais tempo. Eu não sou político de carreira e isso é importante, não se pode negar a política. Acho que seria um bom perfil, alguém mais experiente, que entenda das articulações políticas”, avaliou.
A decisão, porém, só sai no mês que vem. Rigoni pretende fazer sua convenção logo na primeira semana que abrir o prazo – a partir de 20 de julho.