Corregedor manda arquivar denúncia contra vereador de Vitória
O corregedor-geral da Câmara de Vitória, Leonardo Monjardim (Patriota), deu parecer pelo arquivamento da representação protocolada na Casa contra o vereador Vinícius Simões (Cidadania).
Ele justificou que a denúncia, por quebra de decoro do parlamentar, não atendeu aos critérios do Código de Ética e Decoro Parlamentar. O parecer considerou que o denunciante – o cantor Wanderley da Silva Ferreira, o Thor – não tem legitimidade para fazer a denúncia por estar irregular na Justiça Eleitoral, no que diz respeito à prestação de contas de campanha. Ele teria perdido o direito de votar.
O parecer cita os artigos 24 e 27 do Código e conclui que o denunciante não se enquadra na condição de “cidadão” citada no artigo 24, que diz que: “Qualquer parlamentar, cidadão ou pessoa jurídica poderá representar perante a Corregedoria sobre a prática de conduta violadora da ética e do decoro parlamentar por parte de vereador”.
Diz o parecer: “Desse modo, após a análise da legitimidade ativa em observância ao parecer da Procuradoria, conclui-se que o representante, quando do protocolo da presente representação, não se enquadra na condição de cidadão na concepção jurídica do termo, uma vez que não está em pleno gozo de seus direitos e deveres políticos. Como consequência, a legitimidade ativa da parte para a propositura de representação por quebra de decoro parlamentar, não está configurada no caso em tela”.
Thor apresentou a denúncia logo após a sessão de prestação de contas do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Podemos), que trouxe a público o processo e chegou a pedir a cassação de Vinícius.
“Tem gente condenada em plenário, lamentavelmente, com sentença transitada em julgado. E aí, corregedor, com todo o respeito, se tem um vereador condenado, Vossa Excelência vai ter o dever agora de apurar”, disse o prefeito, conforme noticiou a coluna.
Trata-se de um processo por danos morais, por conta de uma publicação em redes sociais feita por Vinícius. Pazolini venceu a ação e Vinícius foi condenado a pagar uma indenização de R$ 3 mil. Ele pagou e o processo foi extinto.
Na denúncia, Thor justificou que Vinícius teria cometido infração ao Código de Ética por ter ofendido o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, durante a campanha de 2020 e que essa ofensa teria virado uma ação judicial com a condenação de Vinícius.
“O prefeito afirmou publicamente que eu deveria ser cassado, mas não fui pois nunca houve motivos para isso. Vencemos aquele que queria nos derrubar”, disse Vinícius.
Thor tem cinco dias para recorrer da decisão pelo arquivamento. Ele questionou a decisão e disse que vai recorrer. “Eu fui impugnado na minha candidatura de deputado estadual, não recebi dinheiro nenhum, como iria prestar contas? O que reina na Corregedoria é o corporativismo, Monjardim perdeu o meu respeito. Mas eu vou recorrer”, disse Thor.
Monjardim foi procurado, mas não retornou aos contatos da coluna.
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PSDB de Vila Velha sob nova direção
O presidente estadual do PSDB, Vandinho Leite, nomeou o advogado Marcos Félix, o Kiko Félix, para presidir a Comissão Provisória do partido em Vila Velha. Ele também ficará responsável por realizar a convenção que vai eleger o diretório municipal.
Kiko é tucano há mais de 20 anos e publicou, nesta terça-feira (15), o edital convocando os filiados para a eleição do diretório que ocorrerá no próximo dia 30. Kiko também encabeça a chapa – que agora deve ser a única – para a disputa.
Na semana passada, os dirigentes da antiga Comissão Provisória, ligados ao ex-prefeito Max Filho, renunciaram aos postos em represália ao que chamaram de interferência da Executiva estadual no processo eleitoral.
Eles alegaram que as regras foram mudadas durante o processo eleitoral e que uma chapa de oposição a Max Filho foi montada por assessores de Vandinho. O presidente nega interferência. O grupo político ligado a Max chegou a protocolar uma chapa, que foi retirada depois.
Já a chapa de oposição a Max Filho tem Kiko Félix como presidente, Peterson Bento como secretário e Pablo Correa como tesoureiro. Caso o grupo ligado ao ex-prefeito queira apresentar uma nova chapa, tem até domingo (20) para isso.
Confirmando-se a eleição da chapa de oposição, o mercado político vê como inevitável a saída de Max Filho, e do seu grupo político, do ninho tucano, principalmente se ele for levar adiante o projeto de disputar a Prefeitura de Vila Velha.
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PMB também tem pré-candidato em Vila Velha
O Partido da Mulher Brasileira (PMB) – que está em vias de mudar de nome para: “Por mais Brasil” – já está trabalhando para ter um candidato a prefeito em Vila Velha. Trata-se do empresário Euclides Viana, mais conhecido como Euclides Boca Aberta.
O empresário, que também se identifica como ativista social, tem se colocado como oposição ao atual prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos). “Eu sou pré-candidato e inclusive já fiz várias denúncias contra o prefeito”, disse Euclides.
O presidente estadual da legenda, Adriano Rocha, disse que o partido está formado em nove municípios e que o diretório estadual está conversando com o PL e o Republicanos para tentar uma aliança.
O PL ensaia lançar também uma candidatura própria e o nome do vereador Devacir Rabello é o mais cotado. A coluna noticiou os nomes que já se movimentam para a disputa no município.
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