O ex-deputado Sergio Majeski (PDT) se reuniu na tarde desta quarta-feira (03) com o governador Renato Casagrande (PSB) para tratar sobre a sua pré-candidatura a prefeito de Vitória. A preocupação de Majeski é de ter o tapete puxado às vésperas da eleição.
Em 2018, Majeski estava no PSB e ensaiava disputar uma das duas vagas disponíveis ao Senado. Ele recuou após não encontrar apoio no partido que, na ocasião, apoiou o senador Marcos do Val (Podemos).
Em 2020, o ex-deputado enfrentou resistências ao tentar ser o candidato da legenda para a disputa pela Prefeitura de Vitória. Ele chegou a passar por uma prévia interna do PSB de Vitória, mas perdeu a vaga para Sérgio Sá, na época vice-prefeito. Na época, ele acusou o PSB de dificultar sua participação no pleito e acabou deixando o partido.
Hoje, Majeski está no PDT, mas como o partido faz parte da base aliada do governador, o receio de Majeski é que a formação de alianças para as eleições municipais Estado afora possa respingar em sua pré-candidatura.
Um exemplo é que se o PSB apoiar a candidatura de Weverson Meireles (PDT) a prefeito da Serra, pode requerer, em troca, o apoio do PDT na disputa pela Prefeitura de Vitória, onde tem o deputado Tyago Hoffmann (PSB) como pré-candidato a prefeito. Com isso, Majeski correria o risco de ter a candidatura retirada pelo partido, em nome de uma composição ou dobradinha no município vizinho.
Questionado sobre o teor da conversa com Casagrande – que contou com a presença do chefe da Casa Civil, Júnior Abreu –, Majeski disse que foi um encontro tranquilo. Foi ele quem pediu a reunião.
“Fui lá para ouvir dele sobre o cenário das pré-candidaturas em Vitória e o que ele falaria sobre a minha. Ele disse que não tem nada contra mim, mas que acha que eu preciso conversar com outros partidos e outros atores que estão no campo do centro”, afirmou Majeski à coluna.
Mais cedo o governador almoçou com a cúpula da federação PSDB-Cidadania, conforme noticiou a coluna, e também teria batido na tecla da união das pré-candidaturas que representam o centro político.
Hoje, estão na disputa por Vitória nesse campo, além de Majeski, os deputados estaduais Tyago Hoffmann (PSB) e Fabrício Gandini (PSD), o ex-prefeito Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB) e ainda há a possibilidade da entrada do ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania).
Segundo Majeski, o governador também teria lhe perguntado se a sua pré-candidatura era definitiva, no que o ex-deputado teria respondido que sim, descartando qualquer possibilidade de recuar na disputa.
Em entrevistas anteriores, o PDT também garantiu que daria legenda a Majeski na eleição de Vitória, independentemente dos acordos fechados com partidos aliados em outros municípios.
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