Ao contrário do que dita o senso comum, a maioria das pessoas se interessa sim por política e pelas eleições que vão ocorrer em outubro. Embora ainda faltem três meses para o pleito e a campanha oficial ainda não tenha começado, as pessoas sabem que esse ano terá eleições para prefeito e vereador e demonstram interesse pelo assunto.
Ao menos foi isso que mostrou a pesquisa do Instituto Futura Inteligência, em parceria com a Rede Vitória no projeto 100% Cidades, divulgada na última segunda-feira. O levantamento foi sobre a intenção de votos para a Prefeitura de Vitória e avaliação de gestão, mas também teve questionamentos sobre o comportamento do eleitor.
Ao serem questionados, de forma espontânea, sobre quais cargos estariam em disputa nesse ano, 72% dos entrevistados afirmaram que seria para prefeito e 67,2%, que seria para vereador (era permitido mais de uma resposta). Já 24% não souberam ou não responderam.
Quando o questionamento foi sobre o nível de interesse nas eleições para prefeito, 31,1% dos entrevistados disseram estar muito interessados; 34,2%, interessados e 21,8% pouco interessados. Já 10% disseram não ter interesse e 2,8% não souberam ou não responderam.
Ou seja, 65,3% têm interesse ou/e muito interesse nas eleições. E isso ficou comprovado nas perguntas seguintes feitas pela pesquisa.
Quando perguntados se saberiam dizer quem poderia ser candidato a prefeito de Vitória, os entrevistados citaram seis dos sete pré-candidatos hoje colocados, além de outros que pontuaram pouco.
O prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) foi lembrado por 53,3% dos entrevistados. O deputado e ex-prefeito João Coser (PT) foi citado por 24,2%. O ex-prefeito Luiz Paulo (PSDB), por 11,1%; o deputado Capitão Assumção (PL), por 4,8%; a deputada Camila Valadão (Psol) teve 3,9% de menções e a vice-prefeita Capitã Estéfane (Podemos) foi lembrada por 1,7% dos entrevistados.
Outros citados somaram 4,1% e os que não souberam ou não responderam pontuaram 39,5% – a soma dá mais que 100% porque os entrevistados puderam citar mais do que uma resposta.
Além do interesse do eleitor, esse dado mostra também o termômetro sobre a comunicação dos pré-candidatos: quem está sendo mais eficiente e quem precisa melhorar, embora oficialmente a campanha ainda não tenha começado e o pré-candidato não possa pedir votos.
É comum que o pré-candidato que esteja à frente da máquina pública, como Pazolini, saia com um pezinho na frente dos outros, uma vez que o próprio cargo lhe traz essa visibilidade.
Mas chama a atenção que ele tenha recebido mais menções do que a soma dos outros pré-candidatos citados e que, na comparação com o segundo lugar ocupado por Coser, Pazolini tenha mais que o dobro das citações.
Onde buscam informações
Outro dado importante, citado na pesquisa, foi sobre a fonte de informações dos eleitores a respeito dos candidatos. Embora a internet, principalmente as redes sociais, tenha ganhado força nas últimas eleições, o eleitor ainda busca a TV como fonte.
Dos entrevistados, 41,1% disseram que se informam pela TV; 27,4% pelos sites de notícias na internet e 25,1% pelas redes sociais.
No recorte sobre quais redes sociais são mais buscadas, está o Instagram em 1º lugar com 34,6% das menções dos entrevistados; Facebook, em segundo, com 23,9% e o X (antigo Twitter) em seguida, com 12,9%.
O aplicativo de conversas WhatsApp também aparece no levantamento, em quarto lugar, com 9,2% de citações por parte dos entrevistados.
Favoritismo
O levantamento divulgado na segunda-feira mostrou que Pazolini aparece, nessa segunda rodada de pesquisas na Capital, como favorito na disputa – embora ele mesmo não tenha anunciado ainda publicamente que será candidato à reeleição.
Em entrevista anterior para a coluna De Olho no Poder, ele já disse que a definição se será candidato ou não, com que chapa, nome de vice, etc, virá apenas durante o período das convenções, que começa no próximo dia 20 e vai até 5 de agosto.
A coluna também analisou a pesquisa, que foi feita após a desistência de quatro pré-candidatos e a entrada de mais um.
Os números mostraram que Pazolini herda o voto dos desistentes – Tyago Hoffmann (PSB), Fabrício Gandini (PSD), Sergio Majeski (PDT) e Mazinho dos Anjos (PSDB) – e chega a impor uma distância de até 27 pontos percentuais para o segundo colocado (Coser).
Mesmo com o favoritismo, a pesquisa mostra que será uma eleição de dois turnos, principalmente se as sete pré-candidaturas hoje colocadas continuarem no jogo.
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