Quem acompanhou a posse do prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV), nesta terça-feira, saiu da cerimônia constrangido. A ex-prefeita Ângela Sias (PMDB) se despediu do Executivo debaixo de vaias e aproveitou a oportunidade para disparar críticas contra a deputada Solange Lube (PMDB), que até um tempo atrás era sua aliada e ajudou a elegê-la. No seu discurso, disse que foi traída e que meio século de amizade foi jogado na lata do lixo. Em meio ao discurso, o povo que acompanhava a sessão solene não poupava vaias e gritos de fora, fora, fora!.
Conselho
Ainda no seu pronunciamento, Ângela aconselhou seu sucessor a escolher melhor seus aliados e disse que está torcendo para que ele não seja traído pelos amigos. O Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar acompanhou a cerimônia, mas não precisou agir, apesar do clima tenso. Melhor assim…
Improviso
O novo prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), mostrou que é bom no improviso. Seu discurso de aproximadamente 30 minutos foi feito na ponta da língua e cheio de emoção. Foram, no entanto, 53 páginas de rascunho com os principais temas que seriam abordados no pronunciamento.
Emoção
Luciano fez um discurso bastante emocionado, lembrou que veio de uma família humilde e que chegou onde chegou graças à força da democracia. Momento romântico aconteceu quando agradeceu à esposa, Marina Rezende, pelo companheirismo durante o período da campanha, principalmente, segundo ele, quando foi atacado pelos adversários. A primeira-dama chamou atenção ainda dos fotógrafos. Caprichou no visual e até alongou os cabelos para o evento.
Prestigio
Quem esteve na posse de Luciano foi o deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Ele, que já veio algumas vezes ao Espírito Santo, passou o réveillon em Vitória e acompanhou a queima de fogos da Praia de Camburi ao lado do prefeito e do secretário estadual de Planejamento, Robson Leite.
Reforma já!
A solenidade de posse na Câmara de Vitória mostrou mais uma vez que o Legislativo da Capital precisa urgente de uma reforma. Com apenas uma entrada (se acontecer um incêndio será um Deus nos acuda), houve dificuldade de locomoção no plenário, que ficou lotado e com o ar condicionado sem condições de atender à demanda. Tem que ver isso aí…