Saída do PMDB pode fazer Casagrande apoiar Eduardo Campos

renato_casagrande__d48399f153Com o PMDB colocando os cargos que tem no Palácio Anchieta à disposição, o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), pode ter que mudar a estratégica de neutralidade adotada para manter o PT como aliado. Em sua passagem por Vitória, o governador e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), deu o aval para Casagrande ficar neutro no processo, evitando assim a implosão da base. No entanto, com a possibilidade cada vez mais evidente de lançar candidatura própria, o PMDB deve ter apoio dos petistas para manter o palanque da presidente Dilma Rousseff no Estado. Para eles é muito melhor um candidato que faça campa e peça votos para a presidente do que um indiferente à reeleição da petista.

Ele fica
Embora tenha desembarcado do Governo, o secretário de Transporte e Obras Públicas (Setop), Fábio Damasceno, bateu o pé e disse que fica no Governo, já que tem o aval de Casagrande para continuar na função. O Palácio Anchieta já tinha sinalizado que não gostaria de fazer alteração na pasta, já que há um projeto importante de mobilidade em andamento.

Segundo escalão
Não se sabe como vão ficar os outros cargos que o partido tem a partir do segundo escalão no Governo. Nos bastidores, há rumores de que o cargo da Superintendente Adjunta de Imprensa, Valéria Morgado, que seria uma indicação do PMDB, estaria com os dias contados. Conversas pelos corredores do Palácio apontam que ela deixaria o cargo, mas não ficaria desempregada. Seu nome é cotado para ocupar a secretaria de Comunicação da prefeitura de Aracruz.

Haja estresse
Durante o dia, o governador Renato Casagrande participou de pelo menos dois eventos públicos. O que chamou atenção de quem esteve nas solenidades, no entanto, foi a herpes labial que apareceu curiosamente após as últimas decisões políticas envolvendo o Palácio Anchieta. Estresse e fortes emoções não estão faltando para o socialista.

Confusão
Após deixar o PR, o secretário de Esporte, Vandinho Leite, e o deputado estadual, Glauber Coelho, ambos agora no PSB, levaram um susto nesta terça-feira. O nome dos dois, que vão disputar eleição para Câmara Federal e Assembleia, respectivamente, não constava na lista de filiados do partido, o que inviabilizaria a candidatura deles.

Explicação
Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), os dois estariam aptos a concorrer à eleição de 2014, pelo menos por enquanto. É que o nome deles está na lista do PSB, mas que o documento ainda não tinha sido repassado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para que a situação seja regularizada é até o próximo 30 de abril.