Na Assembleia, temas importantes viram longas novelas

assembleia_legislativa__55fa01a6e1É impressionante como assuntos importantes na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) acabam se transformando naquelas novelas que se arrastam por vários capítulos e com final nem sempre feliz para os personagens. Foi assim com o polêmico projeto do Plano de Cargos e Salários dos servidores da Casa. Após ser aprovada em plenário, a proposta foi vetada pelo Governo.

A partir daí o que se viu foi uma longa negociação para encontrar um consenso entre os deputados e Governo. Resumo da ópera: um novo documento foi redigido, mas nem todos ficaram satisfeitos. Passado esse drama, outro folhetim parece ser lançado nos próximos dias na Assembleia. O tema? A escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo.

Pela primeira vez, personagens de fora do plenário puderam participar do processo seletivo. Com tantos atores, os autores responsáveis pela condução da história acabaram se perdendo e sem saber como agir para garantir seu desfecho.

Deputados estaduais que concorrem à vaga querem ter o direito de participar do processo de votação e poder ter a chance de votar neles mesmos. Pela regra, eles ficariam de fora sob a alegação que seriam favorecidos, já que os demais candidatos não poderiam ter o mesmo privilégio.

Por outro lado, a votação para escolher o novo conselheiro precisa da aprovação dos 30 deputados que compõem o plenário. Diante do impasse, a Justiça pode ser acionada para resolver o problema. A previsão é de que a Procuradoria da Casa divulgue seu parecer nesta semana sobre a polêmica.

O processo de escolha, que já se arrasta há meses, pode demorar ainda mais se a decisão for parar nos tribunais. Em meio às insatisfações, o favorito para ser indicado ao cargo mais cobiçado do momento voltou a ser o deputado Sérgio Borges (PMDB), mesmo com o processo de improbidade que responde e que também até hoje não foi concluído. Que venha a próxima novela. Ou não…