Eleição na Câmara de Vitória vira alvo de disputa política

camara_vitoria__038fc8c451Ao antecipar a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Vitória, os vereadores vão dar início a uma verdadeira disputa política. A maioria deles vai concorrer a eleição e, nos corredores do Legislativo, o que se comenta é que a escolha do novo presidente poderá ser utilizada como moeda de troca. Um grupo de oito parlamentares assinou o documento para antecipar a eleição com a alegação de que não é para deixar o assunto ser contaminado pelo processo eleitoral. Por outro lado, não é bem assim que o tema é tratado na Casa.

Movimento estranho
Para fontes que transitam dentro do plenário, a antecipação seria uma forma de negociar e pressionar o prefeito Luciano Rezende (PPS) em troca de apoio nas próximas eleições. Ou seja, você apóia minha candidatura e nós ajudamos o Governo no Legislativo. A população tem que ficar de olho!

Falta coragem
Depois de um feriado mais que prolongado, já que muitos deputados não apareceram para o trabalho na última segunda-feira, na sessão desta terça-feira, o clima foi tranquilo, apesar de alguns discursos terem sido acalorados. O deputado Gilsinho Lopes (PR), por exemplo, disse que a Casa precisa ter mais coragem para derrubar vetos do Governo. Tudo porque ele teve uma de suas matérias recusada pelo Executivo.

Ausência
O mesmo deputado ainda criticou alguns colegas que não estavam em plenário durante a votação. Segundo ele, deviam estar fazendo outras coisas. O deputado Luiz Durão, que presidia a sessão, até tentou convocá-los, mas foi em vão. O projeto não foi aprovado por falta de quórum.

Repercussão
A resistência do PMDB em entregar os cargos no Governo, divulgada pela Coluna, repercutiu nos bastidores políticos. Fontes palacianas garantem que o número de aliados do ex-governador Paulo Hartung na atual administração é maior do que se pensa. Várias subsecretarias e autarquias estão no comando de aliados de Hartung. A Coluna aproveita para fazer uma correção. O ex-secretário de Saúde Anselmo Tozi, aliado do peemedebista, não faz mais parte dos quadros da Cesan conforme foi divulgado.

Esclarecimento
Em resposta à publicação da Coluna no último final de semana, o deputado Roberto Carlos negou que foi indicado como candidato ao Governo pelo ex-governador Paulo Hartung e que ele seja seu padrinho político. Disse ainda que as críticas ao governador Renato Casagrande, na semana passada, são contra o posicionamento do Governo em relação às suas emendas e pelo veto de seu projeto que concede meia-entrada a professores em eventos culturais.