Manobra para evitar votações na Assembleia até as eleições

assembleia__e92e34fabfPelo segundo dia seguido, o plenário da Assembleia Legislativa estava às moscas durante a sessão desta terça-feira (23). Poucos parlamentares na Casa e apenas um projeto da pauta foi aprovado. Diante desse cenário, o deputado Euclério Sampaio (PDT) usou a tribuna para denunciar uma suposta manobra para evitar votações na Casa até o dia das eleições. Se há ou não esse movimento, o que se percebe é que os deputados estão cada vez mais envolvidos com a campanha e deixando as atividades do mandato em segundo plano.

Na defesa
Durante a sessão, o deputado Atayde Armani (DEM) foi quem tentou justificar o baixo quórum e afastou a suspeita de uma suposta determinação do Palácio Anchieta para esvaziar as sessões. “Em momento algum houve esse pedido”, pontuou o democrata.

Culpa da distância
Armani ainda tentou justificar o atraso de alguns deputados, principalmente do interior para chegar na hora do expediente. O democrata disse que viaja 200 quilômetros e a cobrança para que ele chegue no horário é desumana e inadmissível.

Alfinetada
Ainda no seu pronunciamento, Armani deu uma cutucada nos demais colegas. Afirmou que muitos dos colegas com base na Grande Vitória sequer estavam no plenário. É, mas se a moda pega e o trabalhador comum também começar a justificar o atraso porque mora longe do trabalho o país vai parar…

Juntos na campanha
Embora tenha sido adversários na eleição de 2006 na disputa pelo Palácio Anchieta, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) estão cada vez mais próximos. Na época, Tião Barbosa, aliado do peemedebista, tentou convencer o pedetista a disputar o Senado. Como não houve consenso, a “união de forças” acabou apoiando Casagrande para a vaga.

Mais manobras
A falta de quórum não acontece apenas na Assembleia Legislativa. Os trabalhos na Câmara da Serra também não estão acontecendo pela ausência dos vereadores em plenário. A maioria bate ponto e esvaziam a sessão. Para o vereador Gideão (PR), tudo não passa de uma estratégica para prolongar as discussões de projetos de interesse do Executivo.