O resultado nas urnas no Espírito Santo mostrou mais uma vez que o capixaba está insatisfeito com seus atuais representantes, tanto nos poderes Executivo e Legislativo. Pela avaliação que se faz, o eleitor reprovou os quatro anos em que o governador Renato Casagrande esteve no Palácio Anchieta, já que elegeu o seu principal concorrente, Paulo Hartung (PMDB), no primeiro turno.
Durante três meses de campanha, Casagrande tentou mostrar que era a melhor opção e fez as comparações entre os dois governos em seus programas eleitorais no rádio e na TV. O eleitor, no entanto, ficou com o peemedebista, principalmente após o marketing do socialista mudar a estratégica e elevar o tom das críticas, além dos ataques pessoais que Hartung sempre condenou.
O clima de mudança aconteceu também na Câmara e Assembleia Legislativa. Dos 10 eleitos para deputado federal, apenas quatro foram reeleitos. No Legislativo estadual, 16 são novatos.
Apesar disso, alguns nomes com passado duvidoso estarão ocupando uma das cadeiras do plenário do Legislativo estadual. Entre eles, os ex-prefeitos Guerino Zanon (PMDB) e Edson Magalhães.
Os dois figuraram nos noticiários policiais após suposto envolvimento em fraude na contratação de licitações. O esquema foi desvendado durante a Operação Derrama. Os dois chegaram a ser presos, mas ganharam a liberdade depois de várias polêmicas que envolveram o Ministério Público e Tribunal de Justiça.
A velha política, apesar de metade não ter sido reeleita, vai continuar presente no plenário. A esperança é de que com a chegada dos novos eleitos a mudança realmente aconteceu de fato.