A decisão da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa em rejeitar as contas do governador Renato Casagrande (PSB) causou grande polêmica na Assembleia. Nos bastidores, há quem considere a manobra uma tentativa de golpe contra o socialista. Para o deputado Atayde Armani (DEM), que era o relator do processo, passaram uma draga na comissão, já que o documento tinha sido aprovado pelo Tribunal de Contas. Há rumores nos corredores da Casa, confirmados pelo próprio Casagrande, que tudo foi orquestrado pelo futuro Governo na tentativa de enfraquecê-lo politicamente. O clima durante a sessão foi bastante acalorado, teve bate-boca, troca de acusações e dedo em riste.
Coincidências
Há quase 30 anos as contas de Governo não eram rejeitadas pela comissão de finanças com parecer favorável do Tribunal de Contas. A última aconteceu em 1987 com o então governador José Moraes. Naquela ocasião, o relator da comissão era, coincidentemente, o então deputado Paulo Hartung.
Governista
Dia desses, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) foi abordado por um tucano de bico largo e muito íntimo do senador Aécio Neves (PSDB). Quis saber o motivo de ele ter votado a favor do projeto que autoriza a alteração do cálculo da meta de superávit, matéria que ficou conhecida como calote fiscal. Ele retrucou: “Com todo respeito, agora sou governo”.
Nova especulação
Desde que anunciou que assumiria uma secretaria de Governo, o nome do vice-governador eleito, César Colnago (PSDB), já foi especulado em várias pastas. Desde a Agricultura até a de Saúde. A mais recente agora é que ele será confirmado na Casa Civil.
Vacas magras
Teve convidado que participou da solenidade de entrega de títulos e comendas na Assembleia, na última segunda-feira, e saiu reclamando do cerimonial da Casa. É que não foi servida sequer uma torradinha com patê. E a previsão é que daqui para frente os coquetéis na Casa sejam cada vez mais restritos.
Tumulto
Seguranças da Assembleia se envolveram em um princípio de tumulto com um jornalista. O repórter tentou entrar nas dependências de plenário com uma camisa amarrada na cintura. Os seguranças barraram e pediram o registro profissional do rapaz, sendo que a exigência nunca foi feita para os demais colegas da imprensa. Houve bate-boca, a assessoria da Casa entrou em ação e o problema foi resolvido.
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