Com a chegada de 2016, dois assuntos devem dividir a atenção dos deputados estaduais no plenário. Um deles é a eleição municipal. A maioria deles já começou, desde o ano passado, a se movimentar nas suas bases para fortalecer suas candidaturas. E vai ser durante o recesso parlamentar que as visitas serão mais intensificadas, já que sem trabalho no Assembleia o tempo livre será destinado na busca por votos. E é justamente o processo eleitoral que promete influenciar em outro tema que vai virar pauta constante principalmente nos bastidores do Legislativo. Quem será o substituto do democrata Theodorico Ferraço na presidência da Mesa Diretora em 2017?
Indefinição
Como a maioria dos deputados vai se jogar na disputa eleitoral, fica difícil prever quem será o sucessor de Ferraço, embora nos bastidores o nome do deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) já apareça no balcão de apostas. O próprio Enivaldo é apontado como possível candidato a prefeito de Vitória e, caso seja eleito, terá que se despedir do plenário.
Resistência
O nome de Enivaldo, no entanto, encontra resistência entre os próprios colegas pelo seu perfil explosivo, daqueles que não mede as palavras. Com isso, inclusive, já teria colecionado alguns desafetos. Por isso, também, há quem garante que sua eleição para presidente jamais teria o aval do governador Paulo Hartung (PMDB), que no final, é quem acaba decidindo os arranjos no Legislativo.
Plano B
Fontes que circulam com frequencia pela presidência da Assembleia garantem que outro cotado para suceder Ferraço seria o deputado Dary Pagung (PRP). Ele, sem sombra de dúvidas, reza na cartilha de Hartung, defende os interesses do Palácio e às vezes parece até o próprio líder do Governo.
Na trave
Apesar de ser discípulo de Hartung, a possibilidade de Dary assumir a presidência esbarra justamente no processo eleitoral de outubro. É que ele deve lançar candidatura a prefeito de Baixo Guandu e tem grandes chances de ser eleito. Com isso, os planos de assumir o comando da Mesa vão por água abaixo.
Resumo da ópera
Apesar de já existir uma movimentação tímida nos bastidores em torno da presidência da Assembleia, ainda é muito cedo para desenhar o cenário político na Assembleia. A sucessão de Ferraço vai começar a esquentar mesmo após a eleição. Com o resultado de quem foi ou não eleito é que as peças do tabuleiro começarão a ser mexidas. Enquanto isso, é tudo mera especulação…
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