Lista da Odebrecht vai virar artilharia da oposição na Grande Vitória

O meio político ficou em polvorosa com a divulgação da lista de doações feitas pela empresa Odebrecht a políticos capixabas. A “Superplanilha”, como foi batizada, foi encontrada durante a operação Lava Jato na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior. Entre os citados estão os prefeitos Rodney Miranda (DEM) e Luciano Rezende; os ex-deputados Rita Camata (PSDB) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e o ex-governador Renato Casagrande (PSB). Doações de campanhas por empresas acontecem em toda eleição e, se forem declaradas à Justiça eleitoral, não há ilegalidade nisso. É importante ressaltar que é preciso separar o joio do trigo. Ainda é cedo para apontar os beneficiários como parte integrante de um suposto esquema de corrupção, até porque nem mesmo a Polícia Federal teve tempo para investigar as doações.

Respingos
Embora ainda não haja nenhuma suspeita de que houve pagamento de propina para os nomes citados na lista, é inegável que o assunto vai respingar nas eleições municipais. A oposição não vai perder tempo, principalmente porque entre os que figuram no documento estão três pré-candidatos. Dois deles, Rodney e Luciano, na briga pela reeleição.

Felizão
Enquanto no meio político não se falava em outra coisa a não ser na lista da Odebrecht, o prefeito Rodney Miranda (DEM), que apareceu como um dos beneficiados, estava com o governador Paulo Hartung no Farol de Santa Luzia, ponto turístico de Vila Velha que está fechado para visitação. E deixou uma mensagem no seu Facebook: “Felizes! Nosso Farol de Santa Luzia, em breve, será reaberto”.

Reforço
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) ganhou novos aliados no Espírito Santo. Se filiaram ao partido o vice-prefeito de Apiacá Edison Francisco de Souza e mais oito vereadores de diversos municípios capixabas. A deputada Janete de Sá, líder da sigla no Estado, diz as novas filiações irão fortalecer o PMN para as eleições de 2016 e 2018.

Prestação de contas
Embora no ano passado a relação entre a Assembleia Legislativa e o Ministério Público não tenha sido das melhores, durante a prestação de contas do procurador-geral Éder Pontes, nesta terça-feira, o clima foi em total harmonia. A maioria dos parlamentares fez questão de rasgar seda e elogiar a gestão de Pontes à frente do MPES.

Constrangimento
Representando o governador Paulo Hartung (PMDB), o secretário da Casa Civil, Paulo Roberto, lembrou a crise política que o país enfrenta e fez um comparativo entre a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e Éder Pontes. Segundo ele, a firmeza com que Pontes conduziu a Operação Derrama possibilitou o Espírito Santo ter um ambiente institucional que os capixabas esperavam. Curioso é que nessa operação foram presos o então prefeito de Guarapari, Edson Magalhães, agora deputado, e a ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub (DEM), mulher do presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM).

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