Política

Prefeitos da Grande Vitória manobram para ter apoio das Câmaras

Mesmo antes de a atividade parlamentar começar, gestores já articulam com vereadores para garantirem aprovação de matérias

Foto: Direito ao Direito

O ano legislativo nem bem começou nas Câmaras municipais da Grande Vitória e a articulação já aponta para certa facilidade de os prefeitos eleitos tocarem seus projetos sem crises. Mesmo com os trabalhos começando apenas no início de fevereiro, já é possível desenhar os cenários prováveis. A começar pela Câmara de Vitória.

Depois de não aprovar o texto da reforma da Previdência no mandato do ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania), a Câmara da capital fez sessões extraordinárias no início do ano, aprovou a reforma a toque de caixa e, de quebra, reduziu o número de comissionados. Para se ter ideia da força do governo, dos 15 vereadores, apenas três votaram contra: Karla Coser (PT), Aloísio Varejão (PSB) e Camila Valadão (Psol). Anderson Goggi (PTB) se absteve.

Em Cariacica, durante o discurso de posse, o prefeito Euclério Sampaio (DEM) citou o nome de cada um dos 19 vereadores referindo-se a eles como "amigos". Além disso, convidou todos para a sede da prefeitura logo após a cerimônia no Legislativo. Lelo Couto (DEM) é o presidente da Casa e aliado de Euclério. Além disso, o prefeito se elegeu com uma coligação ampla, de DEM, PMN, Avante, Cidadania, Republicanos e Podemos. Só esses partidos têm nada menos do que 8 representantes na Câmara. 

Em Vila Velha, o ex-vereador e agora prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) também tem bom trânsito com os ex-colegas e com os novos vereadores. Já recebeu os parlamentares quando eles devolveram R$ 1,7 milhão economizados pela Casa em 2020. Além disso, também recebeu três carros doados pela Câmara. E o prefeito conhece muito bem pelo menos cinco dos 17 vereadores, que foram reeleitos. E informações de bastidores apontam que o prefeito fez questão de conversar com todos os parlamentares.

E é dos bastidores também que vêm as informações da Serra. O prefeito Sergio Vidigal (PDT) já articulou apoio da Câmara e começou a acomodar indicação de aliados, como os cinco ex-vereadores que se candidataram nas últimas eleições e não conseguiram se eleger. Além do vice da chapa de Bruno Lamas (PSB), Guilherme Ribeiro de Souza Lima (PSB), que assumiu a subsecretaria de Trabalho, os outros nomes são: Pastor Ailton (PSC) - diretor do departamento de atividades auxiliares; Fabinho Correa (PSC) - coordenador de administração predial; Aécio Leite (PT)- assessor técnico parlamentar; Fabão da Habitação (PSB) - assessor técnico da Secretaria Municipal de Habitação; Stefano Andrade (PSD) - assessor técnico da Secretaria Municipal de Habitação.

Segundo fontes de bastidores, ainda há nomeações a fazer e Vidigal precisa agilizar as contratações para ter uma relação amigável com a Câmara. 


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