Política

MPES cobra ações de municípios capixabas sobre atendimento de pacientes com covid-19 e gripe

Além da elaboração de um plano de contigenciamento, o Ministério Público do Estado quer que as autoridades adotem imediatamente ações para orientar a população sobre as medidas sanitárias

Foto: Divulgação

Com o aumento no número de pessoas com sintomas gripais e com o recorde de contágio por covid-19 em 24 horas registrado nesta semana no Espírito Santo, o Ministério Público do Estado (MPES) cobrou ações dos municípios sobre o atendimento oferecido à população no Sistema Público de Saúde.

O ´MPES notificou, nesta terça-feira (18), a Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) e o Colegiado de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/ES) para que os prefeitos e os secretários de saúde municipais elaborem um Plano Municipal de Contingenciamento destinado ao atendimento de pacientes suspeitos e/ou infectados pelo coronavírus e pela influenza.

Os municípios também deverão comunicar à população sobre o uso obrigatório da máscara fora de casa e onde procurar atendimento médico em casos de sintomas gripais. 

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O Cosems/ES disse que está reencaminhando a notificação aos municípios, para que os eles atualizem os planos de contingência existentes de acordo com as recomendações.

A Amunes também afirmou que as orientações foram repassadas imediatamente aos prefeitos dos 78 municípios capixabas para que as lideranças municipais e os respectivos secretários municipais de saúde tomem as devidas providências.

Procura de pacientes com sintomas gripais em hospitais, PAs e postos de saúde seguem em alta

Desde dezembro, o Espírito Santo vive uma epidemia de gripe e começa a sentir os efeitos da circulação da variante Ômicron da covid-19. O resultado são hospitais, pronto atendimentos e postos de saúde lotados. Também não faltam reclamações de pacientes sobre a demora no atendimento. 

Vídeos e fotos enviados ao jornalismo da Rede Vitória mostram unidades da Grande Vitória cheias nesta terça-feira (18). Em um dos vídeos é possível ouvir duas pessoas questionando a demora no atendimento no PA da Praia do Suá, em Vitória.

Também houve reclamações dos pacientes que buscaram atendimento nas unidades de saúde de Vila Velha. Um morador do município reclamou do desencontro de informações dos funcionários.

"Fomos fazer o exame de covid na unidade da Glória, deram uma folha para gente ir para o Hospital das Mulheres, em Cobilândia. De lá, mandaram a gente ir para Paul, depois para Ataíde e lá mandaram a gente ir para unidade de Vila Batista. Nisso já foram quase três horas", contou.

As prefeituras explicaram que tem registrado um aumento expressivo na procura dos serviços de Pronto Atendimento, acarretando na sobrecarga nestes serviços. Algumas medidas têm sido adotadas, com o a ampliação do horário de funcionamento das unidades, mesmo assim o fluxo das unidades continuam alto. 

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