Lula decide não comparecer à posse de Maduro na Venezuela
Sem convite oficial a sete dias da cerimônia, Brasil deve ser representado pela embaixadora em Caracas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não irá à cerimônia de posse do presidente venezuelano Nicolás Maduro, marcada para 10 de janeiro de 2025. O afastamento recente entre os dois líderes e a ausência de um convite oficial contribuíram para a decisão. O Brasil deverá ser representado pela embaixadora em Caracas, Glivânia Oliveira.
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A decisão de Lula ocorre em meio a um contexto de desconfortos diplomáticos entre Brasil e Venezuela. Em julho de 2024, Lula criticou publicamente declarações de Maduro que mencionavam um possível "banho de sangue" e pediu respeito à democracia. Em resposta, Maduro fez comentários indiretos questionando tais críticas, mas sem mencionar o presidente brasileiro diretamente.
Outro ponto de tensão foi a insistência do Brasil na transparência das eleições venezuelanas, especialmente na divulgação das atas de votação, algo que não foi atendido.
Maduro foi reconduzido ao cargo em uma eleição marcada por críticas da oposição, que acusou o governo de interferências em candidaturas e questionou a legitimidade do processo. Apesar das controvérsias, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela confirmou a vitória do atual mandatário, que continuará no poder até 2031.
Com Lula fora do evento, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, também não deverá comparecer. A representação brasileira ficará a cargo da embaixadora Glivânia Oliveira, responsável pela missão diplomática em Caracas.
Essa ausência marca um distanciamento simbólico entre os dois países, destacando os desafios diplomáticos em torno das relações Brasil-Venezuela no atual cenário político.
*Com informações do Portal R7