Deputado federal Carlos Mannato defende anistia a policiais militares do ES
De acordo com o parlamentar do partido Solidariedade, a penalização de policiais militares só irá agravar a situação da segurança no Espírito Santo
O deputado federal Carlos Mannato (SD-ES) defende na Câmara a anistia aos policiais militares do Espírito Santo que, por ventura, sejam indiciados por motim ou revolta.
Segundo ele, que apresentou a emenda para incluir o Espírito Santo na Lei da Anistia juntamente ao deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) na última segunda-feira (13), a ideia é se empenhar num diálogo para retomar a paz no Espírito Santo.
"As pessoas que conversei, incluindo policiais, acham que neste momento uma atitude dessa [penalização] piora a situação. Chama para o embate, acirra mais os ânimos, então colocamos que é melhor não acontecer para eles discutirem, chegarem ao diálogo. Não entrei no mérito de quem tem razão ou pedi saída de secretário, só pedi o diálogo", explica Mannato.
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Integrante da bancada da bala, Alberto Fraga diz no projeto que os policiais estão há quatro anos sem reajuste e o governo estadual aprovou reformas que impuseram a criação de um regime de previdência complementar, o que ele considera inconstitucional.
"Diante da flagrante contraprestação do Estado e contínua precariedade das condições de trabalho, os militares ficaram sem opções de seguir na prestação do serviço público, de modo que suas esposas e filhos, acompanhando a precária situação e indignados com ela, começaram um movimento de luta por reajuste salarial e melhores condições para o exercício da profissão dos militares", afirma.
A proposta de anistia vai na contramão do que pensa o presidente Michel Temer (PMDB) e também um grupo de governadores que, nesta quarta-feira (15), assinaram uma nota de repúdio à possibilidade. Para ser aprovada, a anistia depende de sanção do Congresso.