Política

Randolfe e Heloísa Helena defendem convocação de eleições diretas

Redação Folha Vitória

Rio - O senador Randolfe Rodrigues e a ex-senadora Heloísa Helena, ambos da Rede, defenderam a convocação de eleições diretas como saída menos traumática para solucionar a crise política do país, durante debate realizado na tarde desta segunda-feira, 21, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio.

A ex-senadora Marina Silva, do mesmo partido, aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto divulgadas no último sábado pelo Datafolha. "Não tem relação nenhuma com o desempenho de Marina nas pesquisas, pelo contrário. Marina é contrária a qualquer ideia que leve a uma eleição que ela possa concorrer. Estamos sustentando essa ideia enquanto pessoas públicas preocupadas com o destino da nação neste momento, não enquanto partido", disse Rodrigues.

"A crise só se resolve chamando o povo para decidir", acrescentou. Membro da executiva nacional da Rede, Heloísa Helena argumentou que existem caminhos dentro da legalidade que podem levar a eleições diretas ainda neste ano. "É um argumento fraudulento, demagógico e repugnante dizer que existe golpe de um lado ou de outro. O que esperamos é entregar ao povo brasileiro a possibilidade de discutir e decidir seu destino. Não é justo que de repente alguém morra no meio das manifestações e seja levado como estandarte para viabilizar posição a ou b", afirmou.

Marina Silva aparece na frente em todos os cenários apurados por pesquisa de intenção de voto realizada pelo Datafolha nos dias 17 e 18 de março, para a eleição presidencial de 2018. Ela apresenta de 21% a 24% das preferências dos entrevistados, dependendo de quem seria o candidato do PSDB no pleito.

O senador Cristovam Buarque (PPS) também participou do debate e defendeu as alternativas existentes para mudar o comando do País. De acordo com ele, a primeira seria a renúncia da presidente Dilma Roussef. Ele apresentou outras possibilidades, como o impeachment de Dilma e do vice Michel Temer (PMDB) e a cassação dos diplomas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além da realização de um referendo revogatório de mandato popular.

Buarque alegou que há vários projetos de lei neste sentido tramitando no Congresso: um dele, outro do senador Randolfe e mais um do ex-senador Eduardo Suplicy. "Estamos diante de algo raro na história. Temos um governo que não tem mais legitimidade, mas ainda tem uma base legal, que é seu mandato", disse.