Política

Fachin nega prisão domiciliar para Geddel por causa de coronavírus

Segundo advogados de defesa do ex-ministro, ele é portador de doenças crônicas e mesmo assim a PGR se manifestou contra a solicitação.

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Agência Brasil

O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decidiu manter na cadeia o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), que cumpre pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, pela condenação no caso do bunker dos R$ 51 milhões.

O ministro também fixou um prazo de 5 dias para que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a defesa dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima se manifestarem sobre a possibilidade de o dinheiro apreendido na operação ser destinado ao combate à pandemia do Novo Coronavírus.

A proposta foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que quer reservar os recursos para a aquisição de equipamentos, materiais médicos e demais ações voltadas ao combate à pandemia da covid-19.

Geddel foi preso preventivamente em julho de 2017, após a Polícia Federal apreender aproximadamente R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento em Salvador. Em 2019, ele foi sentenciado a 14 anos de prisão por suposta associação criminosa e lavagem de dinheiro, pela Segunda Turma do STF.

A defesa de Geddel pediu que ele deixasse a cadeia em Salvador por ver risco de contágio pelo novo coronavírus - o ex-ministro, segundo advogados, é portador de doenças crônicas. A PGR, no entanto, se manifestou contra a solicitação.

De acordo com a defesa de Geddel, apesar da secretaria de administração penitenciária do Estado da Bahia ter restringido visitas aos presídios, "é fato público e notório que isso não elimina o risco de transmissão da doença aos internos, sobretudo considerando o fluxo de novos presos e agentes penitenciários que diariamente entram e saem do local".

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