Política

Protesto contra a corrupção reúne cerca de 250 pessoas em BH

Redação Folha Vitória

Belo Horizonte - Um protesto contra a corrupção no país reuniu cerca de 250 pessoas neste domingo na Praça da Liberdade, região Centro-Sul de Belo Horizonte, segundo estimativa Polícia Militar. De cima de um caminhão, representantes de movimentos como o Vem pra Rua fizeram discursos contra a classe política. Os mais citados foram os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). Faixas atacavam também o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que teve seu nome colocado em uma lápide.

Segundo o representante do movimento Brasileiros.Bros, o engenheiro civil Cipriano Antonio de Oliveira, 62, anos, Gilmar Mendes representa hoje "a síntese da injustiça e corrupção no Brasil". Um mural foi colocado na praça para que as pessoas escrevessem mensagens para o ministro. "É uma pessoa que não tem qualificação para estar no STF. É parcial a seus amigos", reclamou.

Uma das coordenadoras do Movimento Vem Pra Rua Kátia Pegos afirmou que a missão da manifestação "é muito maior". "Queremos todos os corruptos na cadeia", disse. Durante protesto houve ainda ato de apoio ao "povo da Venezuela", conforme os organizadores, que "sofrem com a ditadura de (Nicolás) Maduro e sofreram com a ditadura de (Hugo Chavez)". Foi executado o hino do país. "Estivemos muito próximos de nos tornar uma Venezuela", afirmou Kátia.

Histórico

Uma das últimas manifestações contra a corrupção no país realizadas na Praça da Liberdade aconteceu em 26 de março e reuniu cerca de 4 mil pessoas conforme organizadores. À época, o principal foco do protesto era a defesa da Operação Lava-Jato. Fotos e cartazes de apoio ao juiz Sérgio Moro também foram levados para a praça, naquela data. No protesto de hoje, a coordenadora do Vem pra Rua pediu contribuições para o grupo. "Estamos com déficit de R$ 4 mil", afirmou. Segundo Kátia, a produção de todo o material levado para a praça, como faixas e cartazes, é feita com recursos dos integrantes do movimento. "Não temos ligação com partidos", disse.