Ministério Público pede afastamento de prefeito de Marataízes, suspeito de corrupção
Além de Robertino Batista da Silva, dois empresários são alvos da denúncia do MPES por envolvimento no esquema investigado na Operação Rubi
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça Judicial, pediu o afastamento cautelar do prefeito de Marataízes, Robertino Batista da Silva, por 180 dias. Além do prefeito, dois empresários são alvos da denúncia do MPES por envolvimento no esquema de corrupção investigado na Operação Rubi.
A denúncia criminal será apreciada pelo relator do processo no Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES).
Na ação, o MPES sustenta que o prefeito de Marataízes solicitou e recebeu vantagens indevidas e aceitou promessa de vantagem em contrapartida. Os empresários, donos de uma empresa de limpeza urbana, foram denunciados por oferecer ou prometer a vantagem indevida a funcionário público que, por sua vez, determinou a prática, omitiu ou retardou ato de ofício.
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A Operação Rubi, deflagrada em 8 de maio deste ano, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa constituída para lesar os cofres dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma por direcionamento licitatório em favor de empresas contratadas, pagamento de propinas a agentes públicos e superfaturamento de contratos de prestação de serviço público.
As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e parceria do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCEES), tiveram início em 2018.
Por meio de nota, a Prefeitura de Marataízes informou que vai aguardar a decisão do Tribunal de Justiça para somente então se manifestar, uma vez que não é parte nos autos. A produção da TV Vitória/Record TV também pediu um posicionamento do próprio prefeito, mas até a noite desta quinta-feira não houve retorno.