O grande “temor” de todos atletas e mesmo quem treina regularmente são as lesões, que além da dor, levam a limitações que podem impedir a manutenção dos treinos e a realização de atividades cotidianas. Isso pode gerar angustia, ansiedade, depressão, tristeza, perdas financeiras e frustrações.
Quando falamos em lesões, surgem muitas teorias. O uso inadequado dos calçados e tipos de pisada das órteses, dos suplementos e da postura, porém, nenhuma dessas demonstrou ter 100% a correlação como causa de lesões.
O que realmente levam às lesões são duas variáveis principais: a intensidade e o volume dos treinos, que dependendo de algumas condições individuais podem aparecer precoce ou tardiamente. Já outras são as traumáticas, como lances de contato (entrada no futebol) ou trauma (queda e impacto) ao realizar o exercício físico.
A intensidade é o quanto de esforço ou sobrecarga o atleta coloca em um único momento, como pegar muito peso, tiros intensos de corridas, arranques no futebol, saltos, movimentos bruscos, entre outros. Em relação ao volume, é o quanto de acúmulo ao longo da semana de treinamento se faz, como por exemplo, correr 60km por semana comparado a um volume semanal menor de 30km. O mesmo se compara entre as 6 ou 3 aulas semanais de crossfit.
A intensidade está ligada a capacidade e manutenção da integridade do sistema neuromusculoesquelético no momento do gesto esportivo para suportar a carga imposta. Já o volume envolve um processo crônico de adaptação ao treinamento, sendo que em ambos a recuperação, o descanso, o estado nutricional, níveis hormonais e qualidade do sono são fundamentais para a capacidade de suporte e regeneração de músculos, tendões e ossos.
Pensando em lesões, o ditado é válido: o melhor tratamento é a prevenção. E como conseguimos?
O primeiro passo é a avaliação médica com especialista na área de exercício físico e esporte, com experiência para avaliar, diagnosticar, identificar fatores de risco e indícios de possíveis lesões, atuando de maneira preventiva e precoce em situações de alterações e injúrias musculoesqueléticas.
O segundo passo é a avaliação e seguimento com profissional de educação física, que irá estabelecer um programa de treinamento que respeite cada atleta em sua individualidade e necessidade, respeitando a capacidade de suportar a intensidade e volume dos treinos sem lesões.
É importante reforçar que manter flexibilidade (alongar), treinar a propriocepção (equilíbrio) e fortalecimento muscular (treino de força) são condições importantíssimas para afastar as lesões na rotina de treinos.
Então sem desculpas ou descuidos, vamos ficar sem lesões!