A lombalgia é a dor localizada abaixo da margem das últimas costelas e acima das linhas glúteas inferiores com ou sem dor nos membros inferiores. Apesar de não se tratar de uma doença, é um problema que requer atenção e que atinge cada vez mais a população de todas as idades. Popularmente é chamada de dor nas costas, dor na lombar, dor na coluna, dor nos quartos ou ainda dor na coluna lombar.
É uma das causas mais frequentes de dor e incapacidade para atividades da vida diária e da prática laboral. Sua prevalência é alta, em torno de 60-85% de todos indivíduos sofrerão dessa condição. Nesse exato momento entre 15 e 20% dos adultos estão padecendo com dor lombar.
São causas de lombalgia: hérnia de disco, osteoartrose, síndrome dolorosa miofascial, espondilolistese, espondilite anquilosante, artrite reumatóide, fibrose, aracnoidite, tumor e infecção.
De acordo com a duração, a lombalgia pode ser classificada como aguda (início súbito e duração menor do que seis semanas), subaguda (duração de seis a 12 semanas), e crônica (duração maior do que 12 semanas) com subdivisões em mecânica (inespecífica e multifatorial), não mecânica (inflamatória, infecção e tumoral) e psicológica.
Na lombalgia mecânica comum ou inespecífica representa 90% dos casos da dor referida pela população apresentando uma variedade de fatores envolvidos na causa da dor e com isso não existe uma técnica terapêutica ideal que seja eficaz para todos os pacientes.
O corpo humano tem centro gravitacional que mantém o equilíbrio entre os músculos e os ossos para manter a integridade das estruturas, protegendo-as contra traumatismos, independentemente da posição de pé, sentada ou deitada.
Na lombalgia inespecífica geralmente ocorre o desequilíbrio entre a carga funcional, que é o esforço exigido para as atividades do trabalho e da vida diária, e a capacidade de suportar o estresse provocado na região.
Esse tipo de lombalgia caracteriza-se pela ausência de alteração estrutural, ou seja, não há redução do espaço do disco, compressão de raízes nervosas, lesão óssea ou articular, escoliose ou lordose acentuada que possam levar a dor na coluna. Somente 10% das lombalgias têm causa específica de doença determinada.
Apesar da ausência de alteração estrutural na lombalgia inespecífica, pode causar limitações das atividades da vida diária e incapacidade para o trabalho temporária ou permanente, sendo umas das principais causas de falta no trabalho no mundo ocidental.
Posturas laborais inadequadas como a permanência na posição em pé ou sentada por tempo prolongado), a obesidade, acúmulo de gordura abdominal, alterações em membros inferiores e fraqueza de músculos lombares e na parede abdominal são fatores que contribuem para as distorções posturais que levam as dores.
Felizmente há várias opções de tratamentos a serem empregados na lombalgia mecânica inespecífica tais como: medicamentos com anti-inflamatórios, corticosteroides, analgésicos, opióides, relaxantes musculares, antidepressivos, anticonvulsivantes, medidas físicas como campo magnético, laser, ondas curtas, ultrassom, estimulação elétrica transcutânea, infiltração, bloqueios, acupuntura. Entretanto, a efetividade das intervenções terapêuticas não está totalmente comprovada.
Um dos principais recursos para tratamento por lombalgia é o exercício físico que engloba um grupo heterogêneo de intervenções. Os exercícios para lombalgia podem ser feitos individualmente ou em grupo de pacientes, sob a supervisão de um fisioterapeuta ou profissional de educação física ou até mesmo ser executados em casa, sob a orientação desses profissionais.
Entre os exercícios podemos incluir existem os que utilizam máquinas de musculação ou até mesmo em piscina reduzindo o impacto na região lombar. Nessas atividades físicas podemos incluir os aeróbicos, os de flexão, os de extensão, os alongamentos, os de estabilização, os de balanço e os de coordenação motora.
Não deixe a lombalgia parar você, procura ajuda de um especialista.