Pacientes cardiopatas podem se vacinar contra covid-19? Especialista tira dúvidas. Confira!
A doença cardiovascular mata, por ano, 7,6 milhões de pessoas no mundo e é a doença que mais causa mortes no Brasil
Depois de muita expectativa, a vacina contra a covid-19, enfim, começou a ser distribuída pelo país. Mas como tudo ainda é novidade, as dúvidas começam a surgir. Muitos cardiopatas ainda têm receio e não sabem se podem tomar o imunizante.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 31,5% dos óbitos no Brasil são provocados por doenças cardiovasculares, o que a torna a maior causa de morte entre a população. A doença cardiovascular mata, por ano, 7,6 milhões de pessoas no mundo, devido às suas complicações como AVC, infarto, entre outras
A cardiologista Kátia Vasconcellos esclarece algumas dúvidas dos pacientes. Segundo a especialista, pessoas com cardiopatia fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus.
"Eles tem maior probabilidade de evoluir para as formas graves da doença, no pior dos cenários à Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda. Por exemplo, suponha que uma pessoa já tenha doença cardíaca ativa e agora tem o seu pulmão comprometido pela covid, essa combinação contribui para a má evolução da doença, além do risco de descompensar a doença cardíaca até então controlada", explicou.
Segundo Kátia, a doença cardíaca descompensada pela covid-19 pode evoluir. "Esses pacientes podem desenvolver miocardite, que é uma inflamação da musculatura do coração, outros podem apresentar insuficiência cardíaca e ainda pode acontecer a piora ou o descontrole da doença pré-existente, como doenças isquêmicas cardíacas, e até piora de algumas arritmias cardíacas".
A médica ainda faz um alerta para que as pessoas com doenças cardiovasculares tomem a vacina. "É fundamental que esses pacientes se vacinem. As vacinas contra a covid-19, que fazem parte do plano nacional de imunização, foram avaliadas pelas autoridades sanitárias e são seguras e eficazes para a população em geral, inclusive para os cardiopatas".
Além da vacinação e de evitar aglomerações, os pacientes devem adotar alguns cuidados. "É extremamente importante que esses pacientes mantenham o acompanhamento médico, o uso de todas as medicações prescritas de uso contínuo para que a doença cardíaca se mantenha controlada. Os cuidados preventivos devem ser redobrados. As orientações são as mesmas: evitar aglomerações, sair de casa somente em caso de real necessidade, lavar bem as mãos com água e sabão e usar álcool em gel”, recomenda.