Saúde

Câncer de mama é o segundo mais comum no ES; por que a mamografia é importante?

Estimativa é de que, entre 2023 e 2025, sejam registrados 900 casos de câncer de mama no Estado

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/Freepik @Drazen Zigic

Um exame simples, porém de extrema importância na luta contra o câncer de mama: a mamografia. No Espírito Santo, é o segundo em número de casos. O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são primordiais para aumentar as chances de cura. O exame é um aliado indispensável nesse processo.

A advogada Juliana Padoani descobriu que tinha câncer de mama há seis anos. Na época, estava na Inglaterra. O diagnóstico demorou porque os médicos, a princípio, descartaram se tratar de um tumor. 

"Descartaram a possibilidade por conta de algumas crenças que já estão caindo por terra: de que eu era uma pessoa muito nova, de que eu não tinha histórico na família, de que o câncer não dói, situações que, de fato, não são verdadeiras. Então, com a mamografia, a gente conseguiu detectar que realmente tinha alguma coisa errada", contou.

O câncer de mama é o que mais mata entre as mulheres em todo o mundo. Em número de casos registrados, é o de maior incidência no Brasil e o segundo no Espírito Santo, perdendo apenas para o câncer de próstata. 

Foto: Pixabay

900 casos de câncer de mama 

Uma estimativa revela que, entre 2023 e 2025, devem ser registrados 900 casos de câncer de mama no Estado.

"Fazer a mamografia é importante para ter esse diagnóstico precoce. Descobrindo a doença no início, ela tem mais de 90% de chances de cura", pontua a mastologista Danielle Chambô.

Todos os anos, no dia 5 de fevereiro é celebrado o Dia da Mamografia. Esse ano, o alerta é para o aumento dos casos de câncer de mama entre mulheres mais jovens.

"A faixa etária para fazer mamografia nos Estados Unidos está com recomendação nova, e diminuiu. Agora eles passaram a indicar a mamografia a partir dos 40 anos, que antes lá era a partir dos 45. Então, isso talvez seja uma tendência que se reflita no Brasil mais para frente. A gente aqui também vê pacientes mais jovens com câncer de mama", afirma Danielle Chambô.

Juliana Padoani segue em tratamento para evitar a volta do câncer e até escreveu dois livros onde compartilha o que viveu desde o diagnóstico da doença. Além disso, faz um importante alerta:

"As pessoas ficam com medo de fazer a mamografia. Mas é melhor a gente saber logo que começa do que depois, quando já está muito avançado, uma vez que diagnósticos precoces salvam vidas".

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*Com informações do repórter Alex Pandini, TV Vitória/Record

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