Saúde

Oxandrolona: veja para que serve hormônio usado em academia para emagrecer e ganhar músculo

Substância tem efeitos anabólicos, pode ser usado no tratamento de osteoporose, anemia, lipedema e até no chip da beleza; entenda efeitos e para que serve

Ana Paula Brito Vieira

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Freepik - @serhii_bobyk

Usado por quem frequenta academias para emagrecer e ganhar músculo, o Oxandrolona é um remédio hormonal sintético derivado do Dihidrotestosterona (DHT). Ele foi descoberto por Rafael Pappo, em 1964, enquanto o cientista trabalhava na Searve, conhecida atualmente como Pfizer.

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, o médico Samuel Dalle Laste explica que esse medicamento tem efeitos anabólicos para quem usá-lo.

O hormônio sintético é indicado, principalmente, para tratar sarcopenia. Comum em idosos, essa condição deixa o paciente com pouco músculo esquelético, ou seja, pouca musculatura no corpo.

"Isso é péssimo para a saúde, então, um dos hormônios que podem ser utilizados no idoso sarcopênico é a oxandrolona", disse Samuel.

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Segundo o médico, outras condições que podem ser tratadas com oxandrolona são a osteoporose e a anemia.

"A oxandrolona foi lançada no mercado como uma opção para crianças com dificuldade de desenvolvimento. Elas podiam usar esse recurso que, na época, era chamado de Anavar", explicou.

Samuel contou que, ao entrar em contato com o corpo, a oxandrolona estimula a eritropoese, uma forma de melhorar a hemoglobina. Ele afirma ser muito mais comum utilizar em mulheres anêmicas.

Ainda de acordo com o médico, assim como a oxandrolona, muitos remédios fármacos hormônicos são bons para o tratamento de várias condições, mas eles acabaram caindo na popularidade e sendo "estragados".

Um exemplo é o chip da beleza, que "nada mais é do que um implante de gestrinona". "Na minha opinião, um dos melhores tratamentos que existem para endometriose, adenomiose e miomatose", contou.

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No entanto, Samuel afirma que não é um tratamento saudável. "Ele é um hormônico sintético. Falar que aquilo é bom, não é. Por que eu falei que é o melhor tratamento que existe? É a menos ruim, mas não significa que é saudável".

"O chip da beleza ficou demonizado no meio médico, porque muitos colegas prescreveram esse implante de gestrinona para mulheres que não precisavam disso, simplesmente por questões estéticas e isso acaba estragando um tratamento muito legal", explicou.

Por ser um hormônio anabólico, a oxandrolona derrete a gordura e muitas pessoas usam uma dose de 5 a 10 mg para emagrecer, o que não é indicado pelo médico.

"Essa é uma dose terapêutica de tratamento médico para idosos e crianças de baixo desenvolvimento, que a galera usa na academia no tal do projetinho verão para ficar grandão", disse.

"O pessoal chega a usar por dia até 100 mg, ou seja, 20 vezes mais do que deveria ser usado como um tratamento", complementou. "As pessoas abusam desse hormônio, que ganha fama de ser um hormônico tóxico, um vilão, por conta do mau uso".

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De acordo com Samuel, a oxandrolona aumente a massa muscular, ao mesmo tempo que diminui o percentual de gordura. Logo, é um ótimo hormônio para quem tem lipedema, por exemplo.

"O lipedema é uma perna que tem uma camada de gordura muito grande ao redor da perna, uma capa de gordura inflamada e, muitas vezes, um tratamento com baixas doses de oxandrolona (menos do que 5 mg) já faz um efeito a longo prazo para melhorar essa inflamação", explicou.

Embora tenha várias vantagens, ainda existem os efeitos andrógenos como a pele mais oleosa, o aumento da acne, queda de cabelo, aumento do colesterol LDL e a diminuição do colesterol HDL.

Segundo o médico, esses efeitos são por uso de baixas doses. Ele comenta que existem pessoas que usam altas doses desse hormônio para melhorar na academia.

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Inclusive, a falsificação desses hormônios, conhecidos como anabolizantes, são perigosos. Por exemplo, ao tomar essas doses aumentadas de oxandrolona, homens desenvolvem disfunção erétil, ginecomastia (peitos salientes) e hipogonadismo (pouca produção de testosterona).

Já nas mulheres, ao usar essas doses, elas podem ter hipertrofia do clitóris (aumento), alteração das cordas vocais (voz rouca) e hirsutismo (aumento de pelos).

O QUE É DISFUNÇÃO ERÉTIL?

A disfunção erétil se define pela incapacidade que afeta homens de todas as idades, impossibilitando-os de alcançar e manter uma ereção adequada para a realização satisfatória de atividades sexuais.

Não se trata de uma doença, mas sim de uma manifestação de sintomas relacionados a diversos fatores, incluindo aspectos fisiológicos e psicológicos, seja de forma isolada ou interligada.

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De acordo com o Vida Saudável, revisado por Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP), a multiplicidade de causas é uma característica notável da disfunção erétil.

Elas vão desde hábitos inadequados (como tabagismo e excesso de consumo de álcool) a distúrbios hormonais, descontrole do colesterol ou da pressão arterial, problemas neurológicos e psicológicos e o uso crônico de determinados medicamentos.

De acordo com Gabriel Elias Peñaranda, cardiologista do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), manter uma vida sexual ativa e segura, inclusive na terceira idade, é capaz de trazer benefícios, tanto físicos quanto emocionais.

E não existe uma idade limite para a atividade sexual, isso vai depender de muitos fatores, tanto das condições físicas e de saúde da pessoa quanto da libido ou desejo sexual.

Por isso, muitas vezes o uso de comprimidos estimulantes pode ajudar. Mas cuidado, essas pílulas precisam ser prescritas individualmente, mesmo que não demandem receita em farmácias.

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