Saúde

Contaminação de HIV cresce 700% entre jovens

Contaminação do vírus em adolescentes capixabas aumentou mais de 10 vezes em números totais

Foto: Divulgação
Preservativo é a melhor forma de prevenir doenças durante ato sexual. 

Os jovens são os que mais registram crescimento de casos de detecção de HIV. Em apenas 10 anos, o aumento de contaminação pelo vírus foi de 700% entre o público de 15 a 24 anos, de acordo com dados do Boletim Epidemiológico HIV Aids 2018, divulgado pelo Ministério da Saúde. Somente no Espírito Santo, o número de detecções cresceu de 77, em 2007, para 827, em 2018.

Especialistas alertam que para conscientizar os jovens, são necessárias campanhas que falem mais diretamente a este público. Algumas alternativas se destacam, como a distribuição de preservativos com abordagem lúdica e elucidativa, especialmente no período de Carnaval, incluindo também ações da iniciativa privada.

"Pare, pense e use camisinha”. Esse é o slogan da Campanha de Carnaval lançada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Salvador. O objetivo da ação é conscientizar os foliões e estimular o uso do preservativo, principalmente entre os homens na faixa etária de 15 a 39 anos. 

Entre as novidades para esse ano, está a apresentação da nova embalagem da camisinha distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS). Serão distribuídas pelo Ministério da Saúde 12 milhões de preservativos com a nova identidade visual durante os dias de Carnaval. O novo conceito é mais moderno e dialoga diretamente com o público jovem, que é o mais atingido por novas infecções nos últimos anos. 

Em Vitória, a rede de Drogarias Santa Lúcia também vai distribuir 20 mil preservativos nos principais blocos carnavalescos do Espírito Santo. Bonecos preservativos participarão das abordagens. “Nossa expectativa é tratar o tema com diversão e irreverência, que é a linguagem dos jovens, especialmente nesse período de Carnaval. E, dessa forma, queremos sensibilizar o público sobre a importância da proteção na hora da relação sexual. É um tema importante que precisa de uma abordagem descontraída”, diz Rossine Cosendey, da rede de farmácias.