Saúde

Entenda a causa da morte de Amália Barros, deputada do PL

Internada desde o início de maio, a deputada aguardava para fazer uma cirurgia de retirada de um nódulo no pâncreas

Leiri Santana

Redação Folha Vitória
Foto: Camara dos Deputados

Internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde o dia 1º de maio por conta de um nódulo no pâncreas, a deputada Amália Barros faleceu aos 39 anos na madrugada deste domingo (12).

Amália Barros, deputada do PL, estava em seu primeiro mandato, mas já estava na política na luta pelo direito das pessoas monoculares. 

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Quem era a Deputada Federal Amália Barros?

Formada em jornalismo, Amália Scudeler de Barros Santos nasceu na cidade de Mogi Mirim, em São Paulo. Sua carreira política começou em 2022, quando foi eleita deputada federal pelo Mato Grosso, com mais de 70 mil votos.

Amália se dedicou à aprovação da Lei. 14.126/2021, que classificou a visão monocular como deficiência sensorial. A deputada também fundou, em  2021, o Instituto Amália Barros, renomeado mais tarde como Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular, que fornece próteses oculares e assistência social aos monoculares.

Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma toxoplasmose. Após passar por 15 cirurgias, ela teve que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular em 2016. 

A partir disso, a Deputada adotou o gesto da mão cobrindo seu olho esquerdo como sua marca registrada e passou a lutar por pautas relativas à toxoplasmose e à visibilidade de pessoas monoculares.

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O que é um nódulo no pâncreas?

A Deputada Federal faleceu devido a um nódulo no pâncreas, que são cistos espalhados pelo órgão, isto é, cavidades preenchidas por líquido, que ocorre nesse órgão. A maioria dos nódulos costuma ocorrer no lado direito do pâncreas, área também conhecida como a cabeça do órgão.

Os nódulos no pâncreas podem ser benignos ou malignos. A maioria das lesões benignas são assintomáticas e o tratamento, a princípio, consiste em seu monitoramento periódico junto ao médico especialista.

A maior preocupação, no entanto, está na possibilidade de o nódulo no pâncreas ser ou se tornar um câncer, uma vez que tumores malignos nesse órgão possuem uma alta taxa de mortalidade — muitas vezes devido ao diagnóstico tardio. Ao contrário dos tumores benignos, o câncer no pâncreas pode se manifestar com diversos sintomas.

Sintomas

Segundo o Hospital Albert Einstein, os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor. Os mais perceptíveis são perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura.

O tumor que atinge a cabeça do pâncreas provoca icterícia, doença que deixa a pele e os olhos amarelados (causada pela obstrução biliar). Quando o tumor avança, um alerta comum é a dor na região das costas, no início, de baixa intensidade, podendo ficar mais forte.

Outro sintoma é o aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, principal função do pâncreas.

Tratamento

O câncer de pâncreas tem chances de cura se for descoberto na fase inicial. Nos casos onde a cirurgia é uma opção, o mais indicado é a ressecção (retirada do tumor).

Existe também a opção os procedimentos de radioterapia e quimioterapia, que podem ser utilizados para a redução do tumor.

Para pacientes com metástases (disseminação do câncer para outras partes do corpo) a alternativa, como paliativo (apenas para alívio dos sintomas), é a colocação de endoprótese.

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