Estudo mostra que idosos estão bebendo sem moderação
A média é que um a cada dez idosos consome álcool na velhice. Especialistas alertam que quando combinado com medicamentos os efeitos podem ser altamente nocivos à saúde
Consumir bebidas alcoólicas com moderação é uma recomendação dos especialistas para todas as pessoas que desejam evitar problemas de saúde. Alguns grupos são considerados de risco quando o assunto é ingestão de álcool, um exemplo são os idosos, porque o consumo excessivo de álcool é mais preocupante na velhice devido ao risco aumentado de queda, interação com medicamentos e presença de doenças crônicas.
Contudo, de acordo com um estudo realizado pela New York University (NYU) em parceria com o Center for Drug Use, nos Estados Unidos, publicado no Journal of American Geriatrics Society, um em cada dez idosos bebe sem moderação, o que o torna mais vulnerável aos problemas de saúde.
De acordo com o Portal R7, o estudo não encontrou associação entre a bebedeira e transtornos mentais, e a pesquisa ainda revelou que homens fumantes ou usuários de maconha, com ascendência afro-americana e baixa escolaridade são os mais propensos a apresentar o problema.
Estudo
Foram analisados 10.927 adultos acima de 65 anos que participaram de uma pesquisa nacional sobre saúde e uso de drogas nos Estados Unidos entre 2015 e 2017. Entre os critérios estava a prevalência do uso exagerado em uma só ocasião no mês anterior, sendo cinco drinques paras homens e quatro para mulheres.
A estimativa foi a de que 10% dos idosos bebiam, o que apontou um crescimento em relação a um estudo anterior, realizado 10 anos antes dessa pesquisa, que trazia o índice de 7%.
Doenças
Hipertensão , doenças cardiovasculares e o diabetes são as doenças crônicas mais frequentes entre os "bebedores compulsivos".
De acordo com os pesquisadores, bebedores compulsivos apresentam menos doenças crônicas em relação aos que não têm a compulsão.
"A bebedeira, mesmo esporádica, pode afetar negativamente condições de saúde exacerbando doenças, interagindo com medicamentos e complicando tratamentos", afirmou Benjamin Han, principal autor do estudo e professor assistente no Departamento de Divisão de Medicina Geriátrica e Cuidados Paliativos de Medicina da NYU, por meio de nota.
Fonte: Portal R7