Saúde

Nasce filho do humorista Paulo Gustavo gerado por barriga de aluguel. Entenda a técnica de reprodução assistida!

No caso de um casal de homens, é necessário usar os óvulos de uma doadora anônima e os espermatozoides de um dos dois; especialistas alertam que termo barriga de aluguel é incorreto.

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Brasil é campeão latinoamericano em reprodução assistida. Imagem ilustrativa. 

O humorista Paulo Gustavo e seu marido Thales Bretas são papais! Os dois anunciaram no domingo, (18), em suas redes sociais, o nascimento dos gêmeos Romeu e Gael, que foram gerados por meio de uma barriga de aluguel. Apesar de popular, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), o termo “barriga de aluguel” está incorreto. 

Médicos especialistas no assunto alertam que o termo correto é “gestação de substituição" ou "doação temporária do útero”.  A doação é autorizada para parentes de até quarto grau para um dos membros do casal. Também é permitido recorrer à uma terceira pessoa voluntária, e o processo deve ser analisado junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM)

"Barriga de aluguel"

Os dados mais recentes divulgados pela Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida (REDLARA) apontam um aumento na busca por concretizar o sonho de ter um filho mesmo em casos de infertilidade, esterilidade ou em união homoafetiva. 

Ranking 

O levantamento mostra que o Brasil é campeão latinoamericano em reprodução assistida: entre 1990 e 2016 foram 83.681 (41%) bebês nascidos por meio de alguma das técnicas, seguido pela Argentina com 39.366 (19.7%) e México com 31.903 (15%).

De acordo com o 12º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), divulgado pela Anvisa, o número de fertilizações in vitro vem crescendo no Brasil. Em 2018, foram realizados 43.098 ciclos, contra 36.307 em 2017. A comparação entre os dois anos resultou em um crescimento de 18,7% na quantidade de procedimentos.

De acordo com Adelino Amaral Silva, médico especialista da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, o mais importante é, primeiramente, desmistificar o termo “barriga de aluguel”, que está incorreto. “Isso porque o termo aluguel gera uma conotação monetária e, de acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que regula esse método, não é permitido que a doação temporária tenha caráter lucrativo ou comercial”, reforça.

Reprodução assistida em casais homossexuais 

“No caso de um casal de homens, é necessário usar os óvulos de uma doadora anônima e os espermatozoides de um dos dois. Os embriões resultantes serão transferidos para o útero. No caso das mulheres normalmente é realizado a gestação compartilhada, onde uma fornece os óvulos e a outra o útero. Os espermatozoides partem de um doador anônimo”, conclui Adelino Amaral Silva.

Com uma foto dos pezinhos das crianças, Paulo Gustavo e o marido compartilharam um texto em suas redes sociais, celebrando a chegada de seus "leõezinhos" e pediram privacidade neste momento tão especial. Confira: 

* Com informações da Coletivo Conversa 

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