ES se coloca à disposição para estudos de uso da CoronaVac em crianças de 3 a 11 anos
A afirmação foi feita pelo governador, Renato Casagrande, nesta quarta-feira (22). O governador não deu detalhes sobre como seria essa parceria do Estado com o Butantan, mas explicou o que motiva a disposição para participar do estudos
O Estado do Espírito Santo se colocou à disposição do Butantan para participar de estudos para aplicação da CoronaVac em crianças a partir dos 3 anos de idade.
A afirmação foi feita pelo governador, Renato Casagrande, nesta quarta-feira (22), durante o evento feito pelo Governo de São Paulo e pelo Instituto Butantan, que formalizou o repasse das vacinas da CoronaVac ao Estado.
"O Espírito Santo se colocou à disposição do Butantan para a gente ser parceiro em um estudo para uso da CoronaVac em crianças de 3 a 11 anos", disse o governador.
O governador não deu detalhes sobre como seria essa parceria do Estado com o Butantan, mas explicou o que motiva a disposição para participar do estudos.
"A CoronaVac ainda não está liberada pela Anvisa, mas já é utilizada para adolescentes e crianças em outros países. Então, nós nos colocamos à disposição para que a gente possa avançar neste caminho", reforçou o governador Renato Casagrande.
A reportagem do Folha Vitória procurou a assessoria do governador em busca de mais detalhes sobre qual seria a participação do Espírito Santo no estudo. A orientação foi para que procurássemos diretamente a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Para a secretaria, a reportagem perguntou se o Estado irá participar disponibilizando pesquisadores para auxiliar no estudo ou se vai vacinar as crianças de 3 a 11 anos no Espírito Santo.
Por meio de nota, a Sesa se limitou a dizer que o governo propôs um estudo para subsidiar elementos de segurança para uso da vacina em idades pediátricas. No entanto, não deu mais detalhes sobre como ocorrerá esse estudo.
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Em uma entrevista coletiva na última segunda-feira, o secretário de Estado de Saúde, Nésio Fernandes, falou sobre a vacinação deste público.
Ele afirmou que acredita que os laboratórios Sinovac e Pfizer podem entregar toda a documentação necessária para avaliação da inclusão do novo público na campanha de imunização contra a covid-19 até dezembro.
"Nós temos a expectativa de que até o final do ano, a Anvisa libere tanto a vacina produzida pela Sinovac, a Coronavac, quanto a da Pfizer para idades pediátricas. Acreditamos que até dezembro seja possível que tanto a Pfizer quanto a Sinovac apresentem toda a documentação necessária para a autorização do uso dessas vacinas em crianças", disse.
O secretário destacou que, caso a Anvisa libere o uso dos imunizantes para o novo público, a vacinação das crianças poderá ser iniciada logo após a liberação da agência. "Ela poderá ser incluída nos momentos próximos na vacinação no Brasil", afirmou.