Saiba o que é o linfoma de Hodgkin, o câncer de Caio Ribeiro
Comentarista esportivo iniciou tratamento após descobrir um caroço na região do pescoço durante uma sessão de fisioterapia
Um pequeno caroço na região do pescoço trouxe um diagnóstico de linfoma de Hodgkin para o ex-jogador de futebol e comentarista esportivo, Caio Ribeiro, que anunciou a doença em suas redes sociais na última sexta-feira (3). De acordo com o INCA, homens têm maior propensão à doença do que as mulheres. No país, 2.640 novos casos são diagnosticados por ano.
“Eu fui diagnosticado com um linfoma, que se chama linfoma de Hodgkin. A boa notícia é que ele tem 95% de (chance de) cura e meu corpo está respondendo muito bem ao tratamento. Já estou na penúltima sessão de quimioterapia, estou forte, com a cabeça boa”, disse o comentarista, que tem 46 anos.
Este tipo de câncer, de acordo com o Inca, pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum entre:
- adolescentes e adultos jovens: 15 a 29 anos
- adultos: 30 a 39 anos
- idosos: 75 anos ou mais
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o linfoma ou doença de Hodgkin é um tipo de câncer que tem origem no sistema linfático, conjunto de órgãos e tecidos espalhados pelo corpo responsáveis por produzir e amadurecer as células de defesa do organismo. Formado por vasos e gânglios, ele também drena e filtra o excesso de líquido do corpo.
“Os sintomas se manifestam com a presença de linfonodos, que se apresentam como caroços ou ínguas nas regiões do pescoço, axilas e virilha. A alteração costuma ser lenta e indolor. Dependendo de onde o câncer está localizado, o paciente pode ainda ter febre, perda de peso, fraqueza e aumento do volume do abdômen”, explica Lorraine Juri.
De acordo com a especialista, o diagnóstico do linfoma de Hodgkin é feito através de biópsia. A médica explica ainda que a doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna e se multiplica de maneira descontrolada.
“Essas células malignas começam a produzir clones nos linfonodos e, com o passar do tempo, podem se disseminar para tecidos próximos. Se essas células não forem tratadas, podem atingir outras partes do corpo”, completa a especialista.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o linfoma de Hodgkin em dois grupos: linfoma de Hodgkin clássico e linfoma de Hodgkin de predomínio linfocitário nodular (5% dos casos). Existe ainda o linfoma não-Hodgkin, mas segundo Lorraine Juri, embora os sintomas sejam semelhantes, eles são diferentes.
“A diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor. Somente após a biópsia é possível fazer a diferenciação”, afirma.
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Entenda a importância do diagnóstico precoce em casos de linfoma de Hodgkin
O Dia Mundial de Conscientização Sobre Linfomas é lembrado todo dia 15 de setembro, e Lorraine Juri reforça a importância do diagnóstico precoce.
“Quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores as chances de cura. Ao perceber um caroço ou íngua no pescoço, na axila ou na virilha, desconfie. Procure um médico, investigue”, disse a médica.
Caio Ribeiro contou que descobriu o câncer bem no início, durante uma sessão de fisioterapia preventiva para o joelho.
Segundo ele, a profissional que o acompanha observou que havia um caroço no pescoço dele durante um alongamento. “Fui até o hospital, fiz exames, punções e saiu o diagnóstico: linfoma de Hodgkin”.
Segundo Lorraine Juri, a quimioterapia e a radioterapia são as duas principais formas de tratar o linfoma de Hodgkin. O tratamento leva em conta fatores como idade da pessoa, estado clínico geral, tipo e localização do linfoma.