Saúde

Combate à sífilis: Espírito Santo ocupa o 2° lugar no ranking de contaminação

Dia Nacional de combate à doença é comemorado neste sábado (19); taxa de detecção da sífilis é maior em pessoas com idade entre 20 e 29 anos

Foto: Divulgação
Unidades de Saúde oferecem exames rápidos para a detecção da doença. 

Este sábado (19), faz um alerta sobre o aumento dos casos de sífilis. O Dia Nacional de Combate à Doença, reforça a importância da prevenção. A sífilis é transmitida por meio do sexo, transfusão sanguínea e até da mãe para o bebê durante a gestação. 

No estado, os dados preocupam a Saúde. O Espírito Santo possui a segunda maior taxa de detecção de sífilis adquirida no cenário nacional, segundo dados do Boletim Epidemiológico, do Ministério da Saúde, de 2017. 

Ainda de acordo com o estudo, a maior parte das notificações ocorreu em pessoas com idade entre 20 e 29 anos, o que revela que a juventude pouco utiliza preservativo durante as relações sexuais. 

De acordo com a sexóloga Flaviane Brandemberg, o número alto de jovens infectados está ligado à mudança no perfil de comportamento desses indivíduos e a maneira que lidam com as relações. “Os adolescentes e jovens estão diante de diversas possibilidades, que inclui a questão de ser estimulado pelo grupo. Une-se isso ao excesso de confiança e uma falsa ideia de que são imbatíveis. É como se eles acreditassem que possuem uma super proteção e que nada os abalará. É como se não tivessem medo da contaminação”, afirma.

Outro problema que pode estar ligado a essas contaminações, segundo a especialista, são as referências que esses jovens têm ao longo de suas vidas sexuais. “Alguns criam ideias irreais do que é um sexo prazeroso e saudável a partir daquilo que veem em filmes eróticos. Muitos, se não a maioria, não usa preservativo. Esses próprios vídeos educam o adolescente, o jovem, as pessoas em geral a não utilizarem a camisinha. A proteção é essencial para evitar a contaminação”, explica.

Para a especialista, a falta de uma educação sexual também contribui muito para que os jovens sejam contaminados. “Não é só como o corpo funciona biologicamente, mas o que acontece com uma pessoa quando ela se relaciona, as suas emoções, seu prazer, o que pode acontecer depois que uma pessoa está com a outra. Então são questões mínimas e básicas que não são trabalhadas nem nas escolas, nem nas famílias”. 

A sexóloga comenta ainda que a falta do alerta e até a inexistência de um diálogo sobre sexo e sexualidade contribui para a formação de um indivíduo com mais chances de ser exposto a essas situações, bem como conflitos internos.

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