Saúde

Mais de 700 mil capixabas estão acima do peso; conheça as causas

Problemas com alimentação, o emocional e alteração hormonal estão entre as causas

Foto: Divulgação
A obesidade, geralmente, vem acompanhada de uma síndrome metabólica. 

Na sexta-feira (11) é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Os números não deixam dúvidas que a obesidade é um problema de saúde pública no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, 155 milhões de adultos estão acima do peso. No Espírito Santo os números também são preocupantes, 720 mil capixabas sofrem com o problema, o que representa 18% da população.

A obesidade não é provocada apenas pela alimentação inadequada. De acordo com a nutricionista funcional Letícia Matrak, o sobrepeso também pode ser desencadeado por questões hormonais, comportamentais e emocionais.

“Quando se fala em obesidade, não podemos pensar apenas no peso em si, mas entender as causas que fizeram esse paciente estar com sobrepeso. É claro que se a pessoa consumir uma quantidade de calorias acimado do que ele precisa no dia vai ter problemas com obesidade, mas existem outras causas”, explicou.

De acordo com Letícia Matrak, uma das causas da obesidade no adulto é a depressão. “Muitas pessoas substituem a questão afetiva pela alimentação. Elas encaram o ato de comer como uma forma de carinho. Por isso, é preciso trabalhar a obesidade com uma equipe multidisciplinar, até com psiquiatra se for preciso”.

Hormônios

Alterações hormonais também podem causar sobrepeso. E o sobrepeso também pode provocar problemas hormonais. “O paciente com sobrepeso fica com os hormônios alterados. Isso interfere até na libido. Pacientes obesos, com os hormônios desregulados, ficam sem disposição para o sexo”, destacou.

A nutricionista alerta também que a obesidade interfere em todo o sistema metabólico, podendo causar problemas no fígado, coração, rins, pulmão, além do diabetes.

“A obesidade, geralmente, vem acompanhada de uma síndrome metabólica, que pode ser aumento da glicose, do triglicerídeo, colesterol e circunferência abdominal, causando problemas cardíacos, respiratórios e hormonais”, disse.

Tratamento

Para que a perda de peso ocorra, é preciso que haja uma mudança no estilo de vida. A atividade física precisa ser incorporada na rotina diária, assim como a reeducação alimentar.

Letícia destaca que não adianta fazer dietas mirabolantes. “O paciente precisa fazer uma reeducação alimentar. Se a dieta for muito restritiva, ele vai emagrecer, mas depois vai voltar ao sobrepeso. É preciso um acompanhamento profissional para que a dieta seja montada conforme a resposta metabólica do paciente”. De acordo com a nutricionista, fazendo um acompanhamento correto, em um mês já é possível ver os resultados.

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