Saúde

Incontinência urinária: Entenda as causas do problema e saiba como tratar

As temperaturas caíram no estado nos últimos dias, e para muitas pessoas isso pode afetar o sistema urinário e ocasionar um aumento da frequência urinária, evoluindo para uma perda involuntária de urina.

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Além de prejudicar a saúde, a incontinência urinária compromete a qualidade de vida e a autoestima das pessoas. Essa disfunção pode surgir em qualquer idade, embora seja mais comum após os 45 anos e especialmente após os 70. Entre 15% e 30% da população acima de 60 anos apresenta algum grau de incontinência.

O que muitas pessoas não sabem, é que o problema pode surgir até mesmo com a influência da temperatura. A fisioterapeuta pélvica, Raquel Pompermayer, explica que a bexiga é formada pelo músculo detrusor que, com o frio, sofre  estímulos de contração fazendo com que o desejo de ir ao banheiro aumente.

“Com as temperaturas mais baixas, o corpo produz menos transpiração e, por consequência, isso leva à uma produção maior da urina e da necessidade de eliminar com mais frequência a água do corpo. O frio, o contato com a água e algumas bebidas, como o café e o álcool, estimulam a contração do detrusor, aumentando a frequência urinária", diz.

No Brasil cerca de 10 milhões de pessoas apresentam algum tipo de incontinência e muitos não procuram ajuda médica por acreditarem que o problema é normal ou natural da idade ou por acreditarem que não há tratamentos efetivos. 

As causas para este problema podem ter diversas origens. Uma delas é ter um estilo de vida que favorece o surgimento do sintoma em qualquer idade. Veja alguns dos fatores que estão relacionados à incontinência:

- obesidade;

- tabagismo;

- alimentação inadequada.

No caso dos homens, segundo a especialista, o envelhecimento pode causar o aumento da próstata, também chamado de hiperplasia prostática benigna. Isso pode gerar obstrução na uretra. 

"O fluxo urinário fica fraco e o detrusor retém mais a urina, eliminando em pequenas quantidades , que provoca uma vontade de urinar frequente e de forma imperiosa, conhecida como a bexiga hiperativa, podendo levar a uma incontinência urinária por urgência. Também é frequente o homem ficar com incontinência urinária após a cirurgia para retirada da próstata, pois o esfíncter interno da uretra pode ficar comprometido após a cirurgia. Essa é uma estrutura importante para conter a urina”, pontua.

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 Essa perda de urina pode ser tratada com a fisioterapia pélvica. De acordo com Raquel Pompermayer, o tratamento trabalha os músculos do assoalho pélvico, por meio de recursos como o biofeedback, a eletroestimulação, treino funcional dos músculos pélvicos e terapia comportamental. 

"A fisioterapia pélvica é reconhecida como primeira linha de tratamento conservador dessas disfunções. Os músculos do assoalho pélvico têm responsabilidade no suporte dos órgãos pélvicos, na continência urinária e fecal e na função sexual. Por isso, ao perceber algum sintoma de incontinência urinária, procure uma ajuda profissional”, orienta.
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