Saúde

Dormir mal pode causar obesidade e até modificar genes; veja como combater a insônia por meio da alimentação

Pessoas que dormem menos de cinco horas por noite estão 15% mais suscetíveis a morrer por doenças de coração e neurológicas

Foto: Divulgação

Muitos não sabem, mas uma noite mal dormida traz diversos malefícios além de olheiras e aparência de cansaço. Não ter a quantidade adequada de sono à noite pode trazer, segundo especialistas, desequilíbrio do metabolismo e dos hormônios, o que pode ocasionar, inclusive, ganho de peso. 

Contudo, antes de recorrer a medidas extremas, como fortes remédios psicotrópicos, existem alternativas naturais para ajudar a minimizar o problema.

O especialista em nutrição, Leone Gonçalves, afirma que essa não é a única saída possível para a insônia. "O sono é um período fundamental para equilibrar as funções biológicas do corpo. A qualidade do sono tem um enorme impacto sobre a nossa vida diária, já que é neste período que o corpo e a mente se recuperam. No entanto, antes de recorrer a medicação, é possível, por meio dos próprios alimentos, da nutrição, da alimentação saudável e da prática de atividades físicas regulares, ajudar o corpo a minimizar o problema da insônia e da baixa qualidade do sono. Não existe solução mágica, mas os alimentos certos e na quantidade certa podem ajudar de maneira natural e eficaz”.

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Dr. Leone aponta que substâncias encontradas nos alimentos seriam responsáveis pela melhora da qualidade do sono. “O triptofano, um aminoácido essencial, é um indutor natural do sono, porque aumenta a quantidade de serotonina e de melatonina no organismo, que atuam como um sedativo também natural do cérebro. Além de melhorar o sono, essas substâncias são apontadas como capazes de melhorar o humor de modo geral. Alimentos como queijo, amendoim, castanha de caju, amêndoas, carne de frango, ovos e bananas são alguns dos alimentos ricos em triptofano e que, combinados a outros alimentos fontes de carboidratos complexos, como o mel e a aveia, podem ajudar muito a melhorar a qualidade do sono”.

Certos hábitos também foram apontados pelo especialista em nutrição como inimigos de uma boa noite de sono. “Comer em excesso e em horários após às 18h também prejudica a qualidade do sono. O efeito é ainda mais devastador se os alimentos e bebidas forem chocolate, chá, refrigerantes e álcool", destacou. 

No entanto, os efeitos no organismo de uma noite de sono ruim podem ir além do ganho de peso e piora da qualidade de sono. “Estudos sugerem que quem dorme menos de cinco horas por noite tem um risco 15% maior de morte por qualquer causa do que quem dorme bem", disse o nutricionista. 

Segundo os pesquisadores, pessoas que dormiram menos de seis horas por dia, por uma semana, tiveram mudanças importantes na atividade dos genes que regulam o sistema imune, o metabolismo, o ciclo do sono e a resposta ao estresse, sugerindo que a falta de sono pode ter um impacto grande no bem-estar a longo prazo, aumentando o risco de uma série de doenças, como problemas cardíacos, diabetes, obesidade, estresse e depressão.

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