Lesão cerebral como a da jornalista Glória Maria pode ser benigna ou maligna
Problema ocorre quando as células do cérebro começam a se proliferar de forma descontrolada
Nesta semana, a jornalista Glória Maria passou por uma cirurgia para a retirada de uma lesão expansiva no cérebro, mais popularmente conhecida como tumor. O neurocirurgião da Alexandre Teixeira Santos explica que essas lesões, também chamadas de neoplasias, podem ser benignas ou malignas e são a proliferação de células de forma descontrolada.
"É um problema que pode surgir repentinamente, geralmente com manifestação clínica aguda", diz o médico.
O especialista assinala ainda que não há uma causa específica. Estudos já identificaram alguns genes que podem levar ao surgimento de tumores pelo corpo como no cérebro. "Outra causa possível são as radiações usadas para tratar tumores e que podem levar ao surgimento de outras lesões, em outros locais do corpo. Algumas substâncias químicas também foram apontadas como indutoras de tumores cerebrais, mas ainda não há comprovação. Há também a hipótese de que algumas lesões são geradas por vírus", enumera.
É importante ficar atento aos sintomas, que são, muitas vezes, inespecíficos. A pessoa pode sentir dores de cabeça, ter crises de vômito, perda da capacidade cognitiva ou motora, entre outros sinais. "Geralmente, surgem cefaleias (mais comumente pela manhã), vômitos em jato, perda de coordenação motora, tontura, perda de visão, perda de audição, dor no rosto, perda de força em um lado do corpo, perda de sensibilidade nos braços, comprometimento cognitivo", pontua Alexandre Santos.
É fundamental procurar orientação médica quando houver sintomas suspeitos. Somente o especialista poderá indicar o melhor tratamento. Geralmente, o primeiro passo é a cirurgia. Em alguns casos, quando é uma lesão maligna, podem ser necessárias radioterapia e quimioterapia.
