Exposição solar a pacientes com psoríase é benéfica, mas precisa de cuidados
Principal responsável pela melhora do quadro é a radiação ultravioleta
O protagonista do verão, o sol, é também um grande aliado no tratamento da psoríase (doença inflamatória da pele), crônica e não contagiosa. De acordo com a dermatologista Isis Veronez, o principal responsável pela melhora do quadro é a radiação ultravioleta. Mas, se engana quem acha que por isso não é preciso ter cuidados com a exposição solar.
As recomendações, segundo a médica, são essenciais não somente para alcançar bons resultados em relação à doença, mas também para evitar problemas futuros. "A radiação ultravioleta diminui a proliferação celular, melhorando o aspecto da lesão. Mas é preciso cuidado, pois a exposição em excesso pode ocasionar queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele", disse a dermatologista.
Para impedir qualquer um desses problemas, é preciso usar protetor solar, não tomar sol entre 10h e 16h, hidratar-se bem com água e líquidos, além de usar hidratante na pele depois da exposição solar. Porém, a recomendação pode ser redobrada a alguns pacientes que toleram pouco ou nenhum contato com o sol, como lembra a especialista.
“A exposição solar é recomendada para maioria dos pacientes, mas as particularidades de cada caso surgem após o ato. Alguns pacientes não toleram mais de 10 min, enquanto outros podem ficar até 30min. Temos também cerca de 5% que podem piorar com o hábito. Porém, somente se expondo para saber”, reforça.
O conselho da especialista para quem sofre com quadros muito extensos da psoríase é evitar, de antemão, esse hábito por estar com a pele muito sensibilizada. “É importante que, independentemente do quadro, haja um acompanhamento médico para compreender as necessidades da doença”, conclui.