Hospital Santa Rita na vanguarda da medicina

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Saúde

Hospital Santa Rita na vanguarda da medicina

Primeira cirurgia de próstata a laser do ES, desenvolvimento da nova técnica brasileira para realizar o procedimento cardiológico denominado Ablação de Alta Potência e Curta Duração (HPSD) e a aquisição do robô Da Vinci Xi - sistema cirúrgico considerado o mais moderno do segmento robótico do mundo -, são alguns dos mais recentes avanços que colocam o Santa Rita na vanguarda da medicina.

CIRURGIA DE PRÓSTATA A LASER

A primeira cirurgia de próstata a Laser do Espírito Santo foi realizada dia 11/12/12, pela equipe de urologia do Hospital Santa Rita. O procedimento – Cirurgia a Laser Greenlight -, foi o escolhido para tratar a hiperplasia prostática, que é o aumento benigno do tamanho da próstata. O paciente operado tinha 73 anos de idade e teve alta hospitalar no dia seguinte do procedimento (12/12).

O equipamento, fabricado pela Boston Scientific, possui um laser diferenciado, com maior potência, específico para cirurgia na próstata e está disponível no Hospital Santa Rita para procedimentos de doenças benignas e também malignas em pacientes particulares e de planos de saúde.

O uso dessa tecnologia foi viabilizada por meio de parceria do Hospital com a CentralMed e a Boston Scientific. Entre as vantagens desta cirurgia, explica o urologista José Antônio Penedo Prezoti, estão a alta precoce (em cerca de 24h após o procedimento), menor chance de sangramento, menor possibilidade de complicações pós-cirurgia e mais comodidade para o paciente.

Foto: Divulgação/Hospital Santa Rita

Hiperplasia prostática

A hiperplasia prostática atinge cerca de 25% dos homens na faixa dos 40 aos 49 anos de idade. Na faixa entre 70 e 80 anos, essa taxa chega a 80%. A próstata, normalmente, possui o tamanho de uma noz, mas pode ficar tão grande quanto uma bola de tênis.

Esse crescimento pode comprimir a uretra, diminuindo seu calibre e dificultando ou impedindo a passagem da urina. A urina estagnada, por sua vez, favorece o aparecimento de infecções e de cálculos renais.

Principais causas

A causa exata não é conhecida, mas envolve alterações causadas por hormônios, incluindo a testosterona e, principalmente, a di-hidrotestosterona. Outros fatores podem estar envolvidos, como idade, história familiar e alterações genéticas.

NOVA TÉCNICA PARA TRATAMENTO CARDIOLÓGICO

A Ablação de Alta Potência e Curta Duração (HPSD), nova técnica utilizada no Brasil para tratamento de fibrilação atrial foi desenvolvida, há pouco mais de dois anos, pelo cardiologista Fabrício Vassallo, médico do corpo clínico do Hospital Santa Rita. Com isso, o Espírito Santo passou a ser o estado pioneiro no uso da HPSD, com excelentes resultados e sem qualquer complicação cardiovascular provocada pelo uso desse novo tratamento.

A técnica, segundo Vassallo, consiste em usar uma potência muito elevada para fazer a cauterização nos locais da arritmia durante pouco tempo. Com isso, o tempo do procedimento foi reduzido em mais de 50% com uma menor exposição dos pacientes a riscos de intercorrências e resultados melhores do que com a técnica anterior. Em muitos casos, o procedimento tornou tão mais rápido que não há necessidade de pós operatório em unidades de terapia intensiva.

Vassallo e os médicos Cristiano Cunha, Eduardo Serpa, Hermes Carloni, Aloyr Simões Júnior, Dalton Hespanhol, Carlos Volponi Lovatto, Walter Batista Júnior e Renato Serpa compõem a equipe de cardiologia que atende no Hospital Santa Rita e no Instituto de Cardiologia do Espírito Santo. O Hospital Santa Rita, inclusive, é hoje, o centro de tratamento dessa nova técnica em solo capixaba.

A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca e caracteriza-se por irregularidades na transmissão de impulsos elétricos que coordenam as batidas do coração e, consequentemente, fazem com que o coração “dispare de repente”.

Os átrios (a parte superior do músculo cardíaco) não se contraem direito, é como se tremessem, e, nessa situação, as batidas por minutos do coração chegam a dobrar.

A fibrilação atrial está por trás da insuficiência cardíaca, já que, aos poucos, a sobrecarga danifica o coração. Ao mesmo tempo, estimula a formação de coágulos que podem provocar infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Mas o risco dessas consequências ocorrerem reduz muito com o tratamento adequado.

CIRURGIA ROBÓTICA

O Hospital Santa Rita adquiriu, no final do mês de dezembro de 2019 o primeiro robô Da Vinci Xi a ser utilizado por equipe médica no Espírito Santo. Trata-se de um sistema cirúrgico considerado o mais moderno do segmento robótico do mundo.

A inovação está nas imagens em 3D HD e visão magnificada, além de o robô possuir quatro braços de longo alcance. A articulação dos instrumentos possui movimentos de rotação e angulação melhores que da própria mão humana e com tecnologias de filtro de tremores e movimentos intuitivos, permitindo ao cirurgião operar com movimentos totalmente precisos e naturais.

De acordo com a presidente da Afecc-Hospital Santa Rita, Marilucia Dalla, o novo equipamento chega como presente do Hospital para a equipe médica e seus pacientes, em comemoração aos 50 anos que o Santa Rita completará no mês de março de 2020. “Essa é uma grande conquista para o Hospital, colaboradores, corpo médico e, principalmente, para os pacientes, além de um grande salto tecnológico e assistencial para o Espírito Santo”, reforça Marilucia.

O Da Vinci Xi será utilizado em todas as cirurgias que as equipes médicas considerarem o uso do robô o mais adequado para o procedimento. As equipes cirúrgicas do Santa Rita já estão em processo de treinamento para o uso do robô da Vinci Xi, que deve entrar em atividades no primeiro semestre deste ano de 2020.

Foto: Divulgação/Hospital Santa Rita

A cirurgia utilizando uma plataforma robótica, esclarece o médico urologista e também diretor Clínico do Hospital Santa Rita, Alexandre Tironi, torna-se altamente sofisticada pois permite a execução de cirurgias complexas utilizando-se de procedimentos minimamente invasivos.

“O robô possui controle ergonômico, quatro braços robóticos que atuam diretamente no paciente e um sistema de vídeo de alto desempenho. Os movimentos realizados no controle ergonômico são filtrados de qualquer tipo de tremor natural do ser humano e traduz todo o movimento feito pelas mãos do cirurgião em movimentos mais precisos e com amplitude ainda maior do que a capacidade da mão humana”, informa Tironi.

Ele acrescenta que, diferentemente da cirurgia convencional, com o Da Vinci Xi a anatomia aparece com alta definição, em cores brilhantes e com profundidade de campo original e magnificação em até 10 vezes. Para realizar o procedimento, o cirurgião utiliza o controle ergonômico para manipular até quatro braços robóticos e a câmera de alta definição. Além disso, o da Vinci aumenta a eficiência e a segurança da cirurgia.

Benefícios para o paciente

Independentemente da especialidade cirúrgica que utilizar o robô Da Vinci Xi, os benefícios para o paciente são:

∙ Tempo reduzido de internação

∙ Menor perda sanguínea e subsequente necessidade de transfusão

∙ Menos dor e desconforto pós-operatórios

∙ Menor risco de infecção

∙ Recuperação e retorno à função normal mais rápido

∙ Maior satisfação do paciente

AVANÇO NO DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS DE DEGLUTIÇÃO

A videofluoroscopia da deglutição é o exame de última geração e considerado padrão ouro para definir a fisiologia da deglutição, permitindo, assim, um diagnóstico e tratamento mais assertivos e precoces dos problemas que muitas pessoas enfrentam para engolir.

O radiologista Marcus Vervloet Aguirre, do Hospital Santa Rita de Cássia, explica que esse é um exame em que é verificado o funcionamento de todas as fases da deglutição, levando em consideração, obviamente, o exame clínico feito pelo médico e também pelo fonoaudiólogo. Por isso é importante ter uma equipe composta por fonoaudiólogo e médico radiologista, sendo o fonoaudiólogo o profissional que irá avaliar as estruturas anatômicas e os processos neurofisiológicos envolvidos na deglutição.

Segundo ele, pessoas com doença de Parkinson, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e traumatismo craniano estão mais propensas a desenvolver distúrbios da deglutição (dificuldades para engolir). Estima-se que 20% a 40% dessas pessoas apresentam algum distúrbio para engolir e necessitam de tratamento.

Bebês, crianças, adolescentes e pessoas de qualquer idade podem ter dificuldade na deglutição e devem ficar atentos aos primeiros sinais, como babar, engasgos frequentes, dificuldade para mastigar ou engolir qualquer tipo de alimento ou líquido, perda de peso, dor ao engolir e até mesmo fraqueza muscular.

Como o trajeto do líquido ou alimento da boca até o estômago é longo, o problema pode estar em qualquer ponto da via digestiva (boca, faringe ou esôfago). “A videofluoroscopia acompanha todo o processo de deglutição, mostrando com nitidez as alterações consideradas relevantes e que não são passíveis de identificação apenas com exame clínico”, esclarece o médico.

Ele acrescenta que o exame aborda, ainda, as alterações esofagianas que podem interferir na deglutição, tais como, processos obstrutivos e refluxo gastroesofagiano (patologia muito frequente em idosos, podendo levar a aspiração pulmonar com eventuais processos de pneumonia).