Obesidade e diabetes: novo medicamento reduz até 30% do peso
Já ouviu falar em retatrutida? É a novidade para tratar diabetes e obesidade
O Congresso Americano de Diabetes revelou uma série de estudos promissores sobre novos medicamentos, mostrando avanços significativos no tratamento da obesidade e diabetes. Entre as descobertas, destacou-se a apresentação dos dados da retatrutida, um agonista que combina três diferentes hormônios intestinais: GLP1, GIP e glucagon. Esse medicamento, apesar de ser composto por hormônios já conhecidos, surpreendeu ao demonstrar um potencial impressionante na redução de peso e gordura hepática.
Em um estudo de obesidade com duração de 48 semanas, utilizando a dose máxima da retatrutida, observou-se uma perda média de peso de 24% (28,5% nas mulheres). Além disso, 100% dos participantes alcançaram uma redução de 5% no peso corporal, 90% tiveram uma perda de 10%, 63% perderam 20% e 23% conseguiram uma redução de 30%. Vale ressaltar que o estudo foi encerrado antes de atingir o platô, sugerindo que a perda de peso poderia continuar, possivelmente alcançando uma média de 30%, similar aos resultados obtidos com a cirurgia bariátrica.
Os resultados relacionados à gordura hepática também foram animadores. Na dose mais alta do medicamento, mais de 90% dos participantes com níveis elevados de gordura hepática experimentaram a normalização desses níveis. Além disso, um estudo focado em diabetes mostrou uma redução de 1,6% nos níveis de HbA1c, embora não tenha alcançado resultados excelentes, provavelmente devido ao efeito do hormônio glucagon.
Quanto aos efeitos colaterais, eles foram semelhantes aos já conhecidos nessa classe de medicamentos, como náuseas e efeitos intestinais. No entanto, estudos maiores são necessários para avaliar a eficácia e segurança da retatrutida de forma mais abrangente. A possibilidade de ter medicamentos com resultados semelhantes aos da cirurgia bariátrica, que parecia utópica há alguns anos, está se tornando cada vez mais realidade. Espera-se que essas opções terapêuticas ampliem a acessibilidade no futuro, beneficiando um maior número de pessoas com essas inovações promissoras.
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