Cirurgias de amígdalas e adenóides: quando fazer?
A cirurgia de amígdalas e adenoides, conhecida como adenoidectomia e amigdalectomia, respectivamente, é um procedimento frequentemente realizado em pacientes, principalmente crianças, para a melhoria do padrão respiratório ou controle de infecções recorrentes de via aérea superior.
Essas estruturas fazem parte do sistema imunológico e estão localizadas na parte de trás da garganta, desempenhando papéis cruciais na defesa do organismo contra infecções. Normalmente, a cirurgia pode ser indicada a partir dos 3 anos de idade, sem prejuízo dessas funções imunológicas.
As amígdalas e as adenoides podem se tornar inflamadas e infectadas com frequência, resultando em condições como amigdalite e adenoidite, necessitando uso frequente de antibióticos, o que pode ser prejudicial ao organismo.
Quando os episódios de infecção se tornam recorrentes e não respondem adequadamente ao tratamento medicamentoso, pode ser recomendado a remoção cirúrgica dessas estruturas, observando a faixa etária ideal para a realização do procedimento, de acordo com cada caso.
Além das infecções frequentes, outros motivos para a cirurgia incluem:
* Apneia do sono: o aumento das amígdalas e adenoides pode bloquear as vias respiratórias durante o sono, levando a distúrbios respiratórios, como apneia obstrutiva do sono;
* Dificuldade na deglutição e respiração: amígdalas e adenoides ampliadas podem dificultar na respiração, deglutição e até mesmo na fala;
* Infecções crônicas: se a criança ou o paciente sofre repetidamente com infecções bacterianas, ou virais, a cirurgia pode ser considerada para prevenir futuros problemas de saúde.
A adenoidectomia e a amigdalectomia são procedimentos cirúrgicos realizados sob anestesia geral. A duração da cirurgia varia, mas normalmente leva cerca de 1 hora. As adenoides são removidas por meio de instrumentos cirúrgicos de corte ou de um dispositivo de corte e sucção, denominado microdebridador. As amígdalas são extraídas através da boca, sem a necessidade de incisões externas.
O tempo de recuperação varia de paciente para paciente, mas geralmente, após a cirurgia de amígdalas e adenoides, os seguintes cuidados são observados:
* Dor e desconforto: é comum ocorrer dor de garganta e desconforto nos primeiros dias após a cirurgia. Analgésicos prescritos pelo médico podem ajudar a aliviar esses sintomas.
* Restrições alimentares: durante a recuperação, alimentos frios e macios são recomendados para evitar irritação na garganta. Evitar alimentos ácidos, picantes ou duros é crucial para facilitar a cicatrização;
* Repouso: descansar e evitar atividades extenuantes é importante para promover a recuperação adequada e evitar a ocorrência de sangramentos;
* Hemorragia: em alguns casos, pode ocorrer sangramento leve após a cirurgia. No entanto, em casos de sangramento excessivo, é crucial procurar assistência médica imediata, para controle do sangramento;
* Acompanhamento médico: consultas de acompanhamento são essenciais para monitorar a recuperação e identificar precocemente a ocorrência de complicações.
Embora seja considerada uma cirurgia com baixo risco, algumas complicações podem surgir, como sangramento excessivo, infecção pós-operatória, reações adversas à anestesia e problemas respiratórios. É fundamental seguir todas as instruções médicas no pré e pós-operatório, para minimizar esses riscos.
A cirurgia de amígdalas e adenoides é um procedimento seguro, que pode trazer alívio significativo para pacientes que sofrem de infecções recorrentes ou problemas respiratórios devido ao aumento dessas estruturas. No entanto, a decisão de realizar a cirurgia deve ser cuidadosamente ponderada em conjunto com o médico, levando em consideração os benefícios e riscos para o paciente, de maneira individualizada.
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